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Gestoras de crédito podre querem apenas carteira da Emgea

Créditos da Emgea eram de cerca de R$ 7 bilhões no fim de junho

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Por Coluna do Broadcast
Atualização:

A inclusão da Emgea, gestora de recuperação créditos do governo federal, na lista do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) pelo presidente Jair Bolsonaro animou os players desse segmento. O interesse, porém, está nas carteiras de empréstimos e no valor dos imóveis dados em garantia e não em toda a empresa. Ao fim de junho, os créditos da Emgea eram de cerca de R$ 7 bilhões e seu lucro líquido no segundo trimestre mais que dobrou em um ano, para R$ 170 milhões. Criada em 2001, no governo Fernando Henrique Cardoso, a empresa tinha data de validade, que foi sendo postergada nos últimos governos. Recentemente, adquiriu bilhões em empréstimos vencidos da Caixa Econômica Federal até o Tribunal de Contas da União (TCU) intervir e paralisar as operações.

Inclusão de Emgea no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), do governo de Jair Bolsonaro, animou segmento Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil - 8/8/2019

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Falta noiva. A oferta da Emgea à iniciativa privada ocorre em meio à tentativa do Banco do Brasil de também se desfazer da sua empresa de créditos podres, a Ativos. Apesar de uma eventual “concorrência”, executivos desse mercado acreditam que há demanda suficiente para as duas até mesmo porque as noivas no segmento são poucas. O interesse, de novo, está nos créditos. 

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Caixa adia prazo para ofertas não-vinculantes de balcão de seguros

A Caixa Seguridade, braço que concentra os negócios de seguros da Caixa Econômica Federal, adiou o prazo para envio das propostas não-vinculantes. Interessados têm agora até o dia 3 de setembro para darem seus lances para os segmentos de assistência, automóvel, capitalização, consórcio, saúde, odontologia, grandes riscos, habitacional e residencial. Até então, o processo estava dividido em duas fases, sendo uma delas com prazo que se encerrava hoje e a outra no dia 27 de agosto. Com isso, interessados terão mais tempo para preparar suas propostas, das quais serão selecionados quatro players para a próxima fase.

Dominó. A dilatação do período para envio de lances deve atrasar ainda mais a conclusão da venda de balcão de seguros da Caixa. Questionamentos por parte do Tribunal de Contas da União (TCU) têm prolongado a venda de ativos do banco público. Diante disso, a Caixa já considera levar sua primeira empresa à bolsa em 2020, mas, no caso da seguridade, ainda vai tentar no fim deste ano. Procurada, a Caixa Seguridade não comentou. 

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*  Stefanini retoma plano de IPO ou pode buscar sócio minoritário 

A empresa de tecnologia Stefanini voltou a considerar a possibilidade de ir ao mercado de capitais para captar recursos e dar musculatura à transformação digital. Atualmente, a empresa acredita que faz sentido uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) ou mesmo sair em busca de um sócio minoritário para acelerar os investimentos. Os prazos, contudo, não foram abertos. Em 2008, a empresa abortou o plano de IPO em meio à crise global.

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Brasileiros poderão comprar imóvel em Portugal por meio de leilão

Uma ação inédita vai permitir que brasileiros comprem imóveis em Portugal por meio de leilão feito no Brasil. A iniciativa é da plataforma Moving Leilões em conjunto com o leiloeiro Vip Leilões que abre novas oportunidades entre os dois lados do Atlântico.

Diversificação. A Moving é uma plataforma especializada no mercado imobiliário e, em 2015, foi adquirida pelo Grupo Estado. Dois anos depois, ganhou um novo sócio, a Engebanc, empresa com 25 anos de experiência no setor de avaliação de imóveis e gerenciamento de obras.

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Endividamento cresce entre consumidores que não estão com o ‘nome sujo’

O nível de endividamento entre os consumidores adimplentes, ou seja, que estão com o ‘nome limpo’, subiu de 76% para 80% no primeiro semestre ante um ano antes, conforme levantamento da Boa Vista. A sondagem foi feita com cerca de dois mil consumidores que dizem estar muito, mais ou menos ou um pouco endividados. 

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Cimenteira Lafargeholcim investe R$ 14 milhões em planta em SP

A cimenteira LafargeHolcim vai investir, a partir de setembro, R$ 14 milhões em sua planta de agregados em Cajamar, na Grande São Paulo. Agregados são um dos insumos usados na fabricação de concreto. A intenção da empresa é consolidar-se no mercado paulista, onde tem cerca de 10% de participação, e ampliar a capacidade de produção da unidade de 60 mil para 80 mil toneladas/mês. 

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Mais da metade dos brasileiros com cartão Visa são consumidores digitais

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Mais da metade (57%) da população brasileira que tem cartão Visa já se enquadra no perfil do consumidor digital - aqueles que usam canais como aplicativos e lojas online em suas compras. A constatação é de um estudo feito pelo braço de análise de dados da bandeira, a Visa Consulting & Analytics. Os estados com maior aumento relativo de consumidores digitais no último ano foram Bahia (27%) e Minas Gerais (10%).  COM LUANA PAVANI

Contato: colunabroadcast@estadao.com Siga a @colunadobroadcast no Twitter

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