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Delta anuncia compra de 12 aviões da Airbus um dia após encomendar 100 aeronaves da Boeing

Empresa aérea norte-americana fez anúncios durante feira aeronáutica em Farnborough, na Inglaterra

A companhia aérea norte-americana Delta Air Lines encomendou 12 unidades da aeronave A220-300 à fabricante europeia Airbus, conforme anúncio feito nesta terça-feira, 19, no segundo dia da feira aeronáutica Farnborough International Air Show, na Inglaterra. Com o pedido, a Delta eleva o seu número total de aeronaves A220 a 107, sendo 45 unidades do A220-100 e 62 do A220-300.

“Os A220-300 são econômicos, eficientes e de desempenho superior”, disse Mahendra Nair, gerente da cadeia de suprimentos para operações de tecnologia da Delta na feira.

O gerente comercial e responsável da Airbus International, Christian Scherer, ressaltou que esta encomenda “demonstra o quão satisfeitos estão (na Delta) com o A220, do ponto de vista econômico e de passageiros”.

“Além disso, a versatilidade desta aeronave a torna uma verdadeira vencedora para nossos clientes”, acrescentou Scherer.

Trabalhadores descarregam um Airbus A320 da Delta Air Lines. Um dia depois de fazer um grande pedido à norte-americana Boeing, a Delta disse terça-feira, 19, que encomendou mais 12 jatos à europeia Airbus Foto: Wilfredo Lee/AP

Acordo com a Boeing

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O anúncio da compra das aeronaves da Airbus ocorre um dia depois de a Delta informar um acordo para a aquisição de 100 jatos 737 Max, da fabricante Boeing, dando um voto de confiança para o modelo e aumentando a lista de grandes companhias aéreas dos Estados Unidos que operam o avião.

O acordo, anunciado é um impulso para a fabricante de aviões norte-americana, que tenta alcançar a rival europeia Airbus.

A Airbus aproveitou as dificuldades do 737 MAX, que incluem uma paralisação na produção de quase dois anos após dois acidentes fatais, e a pandemia para superar a Boeing no mercado de jatos de corredor único.

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Os 100 aviões encomendados valem US$ 13,5 bilhões a preços de tabela antes dos descontos habituais, e o acordo da Delta inclui opções para mais 30.

A encomenda do 737 MAX 10, a mais recente e mais longa variante da família de jatos 737 MAX da Boeing, ocorre apesar do modelo ainda não ter obtido aprovação regulatória.

Se a Boeing não conseguir a certificação do MAX 10 até o final do ano, a lei atual exige que ela atualize seus sistemas de cockpit - um requisito que provavelmente adicionaria meses ao seu desenvolvimento antes de obter a certificação. A Boeing disse que buscaria uma extensão, se necessário.

O design do cockpit da aeronave, comum aos modelos 737 anteriores, foi um ponto determinante para a compra, segundo Nair. Isso significa que o avião não exigiria mais treinamento para os pilotos. Ele também vem com maior eficiência de combustível.

O acordo exige que a Boeing obtenha aprovação regulatória para o jato. Se a Boeing precisar atualizar os sistemas de cabine do avião, Nair disse: “Então teremos que repensar”. / EFE e Dow Jones Newswires

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