Eletrobras tem lucro líquido de R$ 615 milhões no 2º trimestre, queda de 25,8% em 1 ano

Sem ajustes, o lucro é de R$ 1,7 bi, valor acima do esperado; investimentos no segundo trimestre alcançaram R$ 2 bi, um crescimento de 43,5% em relação ao mesmo período de 2023

PUBLICIDADE

Publicidade
Atualização:

SÃO PAULO - A Eletrobras registrou lucro líquido ajustado de R$ 615 milhões no segundo trimestre deste ano, queda de 25,8% em relação ao mesmo período de 2023. Sem ajustes, o lucro da empresa foi de R$ 1,743 bilhão, alta de 7,6%.

PUBLICIDADE

O montante de R$ 1,743 bilhão é 9,6% maior do que o estimado pela média das projeções do mercado compiladas pelo Prévias Broadcast com dados de cinco bancos: BTG Pactual, Itaú BBA, JPMorgan, Santander, UBS e XP Investimentos. A estimativa era de R$ 1,591 bilhão.

O Estadão/Broadcast considera que o resultado está em linha com as projeções quando a variação para cima ou para baixo é de até 5%.

O Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Ebitda, da sigla em inglês) totalizou R$ 4,430 bilhões, montante 18,4% menor do que as estimativas, que apontavam para R$ 5,431 bilhões. O Ebitda ajustado somou R$ 4,204 bilhões, queda de 23,2% ante igual período de 2023.

Já a receita operacional líquida da Eletrobras no mesmo intervalo atingiu R$ 8,395 bilhões e ficou 10,2% inferior ao projetado.

Capacidade instalada da Eletrobras aumentou no segundo trimestre, em comparação com o mesmo período do ano passado Foto: Wilton Junior / Estadão

Os investimentos da Eletrobras no segundo trimestre foram de R$ 2,0 bilhões, montante 43,5% maior do que o observado um ano antes. No acumulado do ano até junho, a empresa investiu R$ 3,221 bilhões, elevação de 28,1%.

Comparação semestral

No acumulado do primeiro semestre, a empresa reportou lucro líquido ajustado de R$ 1,063 bilhão, redução de 59,1% em base anual de comparação. Desconsiderando os ajustes, o lucro da empresa no período foi de R$ 2,073 bilhões, montante 2,4% maior do que o observado um ano antes.

Publicidade

Considerando os seis primeiros meses do ano, o Ebitda ajustado da Eletrobras alcançou R$ 8,734 bilhões, diminuição de 21,0%. Já o Ebitda sem ajustes totalizou R$ 9,050 bilhões, redução de 21,2%.

Maior capacidade

A Eletrobras informou que a capacidade instalada das suas usinas aumentou 2,9% no segundo trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2023, para 44.279 megawatts (MW). Segundo a empresa, a produção líquida de energia subiu 5,1% para 41.681 gigawatts-hora (GWh).

O montante de energia vendida para as distribuidoras foi de 9,5 GWh, crescimento de 13,1%. Já a quantidade comercializada no mercado livre foi de 15,9 GWh, elevação de 34,7% em base anual de comparação. O preço médio da energia vendida pela empresa foi de R$ 144,9 por MWh.

Transmissão

A Eletrobras encerrou o segundo trimestre de 2024 com 66.549 quilômetros de linhas de transmissão, redução de 0,3% em relação a um ano antes. Deste total, 7.253 quilômetros são em parceria. O grupo possui, ainda, 405 subestações, sendo 292 próprias e 113 de terceiros. No trimestre, a Receita Anual Permitida (RAP) total do segmento foi de R$ 17,750 milhões, crescimento de 28,7%.

Receita e dívida

A receita operacional líquida da companhia atingiu R$ 8,395 bilhões no período, 9,2% inferior ao mesmo intervalo de 2023. A receita operacional líquida ajustada registrou queda 9,3%, para R$ 8,395 bilhões.

De janeiro a junho, a receita líquida da companhia foi de R$ 17,114, montante 7,6% menor do que o observado no mesmo intervalo do ano passado. Já a receita líquida sem ajustes, caiu 7,3% no período, para R$ 17,114 bilhões.

Ao final de junho, a dívida líquida ajustada da Eletrobras era de R$ 45,243 bilhões, montante 18,8% maior do que o visto no mesmo intervalo de 2023. A alavancagem, medida pela relação dívida líquida por Ebitda recorrente, alcançou 2,7 vezes no trimestre, alta de 0,7 p.p. na base anual.

Publicidade

O gasto da Eletrobras com energia comprada para revenda aumentou 24,4% no segundo trimestre deste ano, para R$ 797 milhões. No semestre, houve alta de 19,9% nessa rubrica, para R$ 1,534 bilhão. Já o custo de combustível para produção de energia elétrica totalizou R$ 464 milhões no final de junho, redução de 45,9%. Nos sei primeiros meses do ano, o gasto foi de R$ 970 milhões, crescimento de 4,3%.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.