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EUA elogiam China por cumprir decisão da OMC

Chineses eliminam tarifas sobre autopeças importadas, mas podem questionar americanos por causa de pneus

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Por Redação
Atualização:

Os Estados Unidos elogiaram ontem a decisão de Pequim de eliminar tarifas adicionais de importação de autopeças, depois que a China perdeu uma disputa na Organização Mundial do Comércio (OMC). "Estamos satisfeitos por a China ter nos informado que está eliminando os encargos adicionais sobre autopeças importadas em resposta à decisão da OMC. Vamos acompanhar atentos as mudanças anunciadas pela China", disse o representante comercial dos EUA, Ron Kirk, em comunicado. A iniciativa da China de cumprir a decisão da OMC vem semanas antes de o presidente dos EUA, Barack Obama, decidir se restringe a importação de pneus chineses, em um caso levantado por sindicatos do setor. Se Obama concordar com a restrição, poderá abrir caminho para a China iniciar uma ação contra os Estados Unidos na OMC. O caso envolvendo as autopeças data de março de 2006. Todos as montadoras da China que usavam autopeças importadas tinham de registrar o automóvel e oferecer informações específicas sobre cada carro, incluindo uma relação das peças importadas e nacionais e o valor e o fornecedor de cada item. Se a quantidade ou o valor dos componentes importados superasse o teto estabelecido, as autoridades chinesas tributavam em 25% cada componente vindo do exterior. A ação na OMC havia sido movida pelos EUA, Canadá e União Europeia. A decisão saiu em julho de 2008 e a OMC rejeitou em dezembro um recurso da China. Segundo os EUA, os encargos discriminavam as peças importadas e colocavam pressão significativa para que as fabricantes de autopeças transferissem linhas de produção para a China. De acordo com as regras de importação da China, impostos adicionais incidem sobre autopeças importadas caso elas sejam usadas em um automóvel que não atenda à exigência de pelo menos 40% de componentes fabricados no mercado local. A China afirmou em sua defesa que os impostos eram necessários para evitar a importação de carros em grandes quantidades. Mas, de acordo com o analista Gerwin Ho, do Citigroup, o fim da sobretaxa não deve ter grande impacto, já que "apenas um pequeno porcentual de montadoras não cumpre essa exigência mínima de 40%". Os impostos mais elevados serão eliminados a partir de 1º de setembro, segundo informou o Ministério da Indústria e Tecnologia de Informação e a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, em comunicado conjunto divulgado ontem em seus sites.

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