O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) divulgado nesta segunda-feira pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) foi de 0,28%. A inflação foi a mesma da semana anterior. A desaceleração dos aumentos na alimentação e habitação compensaram os avanços nos preços em outros grupos, principalmente de vestuário, cujos preços subiram 0,75% no mesmo período. Para o coordenador de análises econômicas da FGV, Salomão Quadros, a economia "está vivendo fase especialmente favorável do ciclo inflacionário". Ele diz que a alimentação continuará colaborando para baixos níveis de inflação. Mas, num futuro próximo, o indicador deve voltar a uma faixa entre 0,35% e 0,40% com a entrada de aumentos de tarifas, como energia e telefonia. "A habitação, que tem um peso de quase um terço do IPCS, está em fase de bonança e de tranqüilidade. Mas a partir de maio pode haver alguma inversão de caminho. Entram tarifas, basicamente de energia", comentou, reiterando que a fase de inflação mais baixa no ano está durando bastante, com os preços da alimentação em desaceleração, nas últimas semanas. Catorze dos 21 itens do grupo de alimentação tiveram redução dos aumentos. Carnes bovinas, massas e farinhas, aves e ovos ? que respondem por quase 30% dos gastos com comida ? apresentaram variações negativas de preços. A inflação da habitação para o consumidor encolheu de 0,23% para 0,15%, na última semana, comparado ao período anterior. Nos transportes, houve deflação de 0,50%. Por itens, os maiores aumentos de preços no período, isoladamente, foram do melão (32,18%), mamão papaya (23,43%), pimentão (14,18%), manga (11,53%) e batata inglesa (10,58%). Já as maiores reduções de preços vieram da maçã nacional (-20,12%), maracujá (-17,81%), tomate (-11,08%) e álcool combustível (9,01%). As maiores taxas do IPC-s foram registradas em Belo Horizonte (0,85%) e Belém (0,76%) e as menores, em Gioânia (-0,07%) e Curitiba (0,09%).