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Ministério do Transporte terá ‘plano de ataque’ para 100 dias, diz Renan Filho

Pasta deve recuperar ‘várias obras’ em andamento e recuperar as paralisadas em vários Estados, além de avançar com andamento da Ferrogrão

Foto do author Célia Froufe
Por Célia Froufe (Broadcast)

BRASÍLIA - O ex-governador de Alagoas e ministro do Transporte, Renan Filho, prometeu chamar a imprensa nos próximos dias para apresentar um “plano de ataque” para os primeiros 100 dias de governo demonstrando uma capacidade de investimento mais robusta. Além de aproveitar a ocasião para citar as “várias obras” em andamento e recuperar as paralisadas, garantindo que vários Estados vão receber investimento ao mesmo tempo, Renan Filho disse que tentará avançar na questão da Ferrogrão.

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“A Ferrogrão está com um probleminha no Supremo Tribunal Federal (STF) e vamos trabalhar para tentar soltar a Ferrogrão, que é uma das mais importantes para escoar a produção do Brasil em direção ao oceano Atlântico”, disse sobre o projeto ferroviário que liga Mato Grosso ao Pará e enfrenta resistências de ambientalistas, lideranças indígenas e do Ministério Público. Ele deu as declarações ao chegar ao Salão Branco do Congresso Nacional para a posse de Luiz Inácio Lula da Silva.

Renan Filho voltou a falar da necessidade de um marco legal para estimular o crescimento das ferrovias. “Vamos fazer um esforço concentrado nessa direção e vamos também nos esforçar desde o início para a reconstrução da nossa malha rodoviária que, em virtude dos últimos anos, com baixíssimo investimentos, receberam os menores investimentos da nossa história recente e estão muito deterioradas”, argumentou.

Renan Filho é o ministro do Transporte do governo Lula Foto: Itawi Albuquerque/Futura Press

O ministro enfatizou que terá dois focos principais: avançar em ferrovias, que, segundo ele, é uma vontade do povo brasileiro e do presidente Lula, e recuperar a malha rodoviária para ampliar a competitividade internacional e ajudar na recuperação econômica. “Não dá para um País se desenvolver sem rodovias capazes de garantir segurança e junto garantir facilidade ao escoamento da produção”, disse, ressaltando que trabalhará nesse sentido assim que assumir. “O presidente Lula conseguiu aprovar a PEC da transição antes de estar à frente do governo e isso vai possibilitar ampliação dos recursos para que possamos fazer investimento”, comemorou.

Renan Filho disse que certamente haverá projetos de Parceria Público-Privadas (PPP), assim como cobrança de cumprimento dos contratos, das concessões e observar pontualmente caso haja algum desequilíbrio. “Mas também haverá investimentos públicos para rodovias que são administradas pelo Dnit”, adiantou. Segundo ele, o órgão recebeu R$ 2,5 bilhões em 2022 e mais R$ 2,5 bilhões no último dia do ano. “Isso demonstra uma falta de planejamento, mas os recursos serão aplicados no ano que vem e vamos melhorar o fluxo de caixa do Dnit para fazer chegar a todos os lugares e diminuir a desigualdade regional.” De acordo com o ex-governador, há mais concessões à vista. Segundo ele, trata-se de um modelo que ajuda porque desestressa o caixa do governo federal. “Então é preciso levar esse modelo em consideração.”

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