A companhia petrolífera britânica BP (antiga British Petroleum) anunciou nesta terça-feira, 27, um prejuízo de US$ 17,15 bilhões no segundo trimestre deste ano, resultado que inclui uma provisão de US$ 32,2 bilhões para cobrir os custos relacionados ao vazamento de óleo no Golfo do México. No mesmo período do ano passado, a empresa havia apurado lucro liquido de US$ 4,385 bilhões.
A BP comunicou também que seu presidente-executivo, Tony Hayward, deixará o cargo em 1º de outubro, quando será substituído por Robert Dudley, o diretor executivo atualmente encarregado de chefiar as operações da companhia em reação ao desastre no Golfo.
Hayward deve assumir um posto não executivo na subsidiária russa da BP, a TNK. Sua aposentadoria seria de quase US$ 1 milhão por ano, somando salários e benefícios, segundo uma fonte da empresa que falou sob condição de anonimato.
A empresa venderá US$ 30 bilhões de ativos nos próximos 18 meses. A BP perdeu em torno de 40% de seu valor de mercado desde o incidente que começou com a explosão da plataforma Deepwater, no Golfo do México, em abril. Onze funcionários morreram e o vazamento que se seguiu é o pior desastre ambiental da história dos Estados Unidos.
Excluindo o custo do vazamento, o desempenho subjacente da BP foi forte. O custo limpo de reposição das reservas, um dado observado atentamente e que desconsidera ganhos ou perdas dos estoques e itens excepcionais como os custos do vazamento, aumentou quase 70% no segundo trimestre, para US$ 4,98 bilhões, de US$ 2,94 bilhões no mesmo período do ano passado. O número ficou abaixo dos US$ 5,03 bilhões projetados numa pesquisa da Dow Jones com nove analistas.
(Com informações da BBC e Dow Jones)