A Lojas Renner afirmou não ter pago resgate de nenhuma espécie por dados após o ciberataque sofrido pela empresa na quinta-feira, 19. Em atualização sobre o caso divulgada nesta terça-feira, 24, a varejista diz não ter tido nenhum contato com os autores do ataque, assim como não realizou negociações com os responsáveis.
O ataque, que veio com um pedido de resgate, deixou inoperantes as vendas pela web da empresa por cerca de 48 horas. O caso serviu de alerta para o restante do mercado, uma vez que, segundo especialistas, há a noção de que os negócios nacionais ainda não “acordaram” o suficiente para a gravidade da questão da proteção de dados.
A varejista reiterou que seus principais bancos de dados permanecem preservados. Além disso, informou que todos os sistemas prioritários já estão operando. Segundo o comunicado, as lojas físicas permaneceram abertas e funcionando durante todo o tempo desde o ataque, com indisponibilidade de apenas alguns processos por algumas horas da quinta-feira. A operação de e-commerce foi restabelecida nos sites na manhã de sábado, 21, e, nos aplicativos, no domingo, 22.
"As equipes permanecem mobilizadas de acordo com o plano de proteção e recuperação, com todos os seus protocolos de controle e segurança,e com um trabalho de apuração, documentação e investigação sobre o ocorrido", informou a Lojas Renner no documento divulgado nesta terça.
Essa é a primeira atualização da companhia sobre o tema na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) desde sexta-feira, quando lançou um comunicado dizendo que suas equipes continuavam trabalhando para restabelecer o e-commerce após o ataque cibernético que retirou os sistemas do ar.
Ainda na sexta-feira, o Procon-SP informou que notificou a empresa pedindo explicações sobre o ataque cibernético que a empresa sofreu. Segundo o órgão, a companhia deverá informar quais bancos de dados foram atingidos, qual foi o nível de exposição, por qual período o site ficou indisponível e se houve vazamento de dados pessoais de clientes e de outras informações estratégicas até quarta-feira, 25.
A administração da Lojas Renner afirmou, na mesma tarde, que não havia tido conhecimento sobre qualquer notificação formal do Procon-SP.