Clóvis Souza levou o catálogo da sua pequena floricultura em São Caetano do Sul, no ABC paulista, para a internet no ano 2000. Com entregas em até três horas e centenas de opções de flores, a pioneira do comércio eletrônico brasileiro é a principal loja online do ramo. Para ir além dos picos de vendas em datas comemorativas, a Giuliana Flores apostou em um marketplace de presentes que hoje tem mais de 10 mil produtos. “O nosso cliente vale por dois, quem compra e quem recebe o presente.”

Qual foi o impacto da pandemia de covid-19 para os negócios da empresa?
O ano de 2021 foi um desafio grande de crescimento porque queríamos superar 2020, que foi, em vendas, o melhor dos nossos 32 anos, com mais de 800 mil pedidos. Mesmo assim, conseguimos crescer 10% no ano passado. Muitos clientes compram mais de uma vez na nossa loja. Em 2022, esperamos crescer entre 20% e 25%.
Como lidar com a sazonalidade de vendas de flores?
O primeiro semestre é muito pesado porque tem uma data comemorativa atrás da outra, indo do dia de São Valentim, em fevereiro, até o Dia dos Namorados, em junho. Nosso “Natal de vendas” é o Dia das Mães. No segundo semestre, trabalhamos com datas como Dia da Secretária, Dia da Criança e Dia do Médico. Com nosso marketplace, a Black Friday também passou a ser uma data importante para a empresa. Temos vinhos, perfumes, vasos, semi joias, quadros e até cavaquinhos. Nosso marketplace tem foco em presentes. Não vamos vender um pneu de bicicleta, mas podemos vender uma bicicleta.
Como a empresa consegue oferecer entregas no mesmo dia da compra?
Trabalhamos com os Correios e transportadoras que oferecem entregas em até três horas. Como lidamos com os sentimentos das pessoas, a entrega das flores e dos presentes a tempo é o foco número 1 na empresa. Mas o frete tem sido um desafio por causa dos aumentos nos preços de combustíveis. Isso levou a um maior custo nas entregas.