A proposta feita na última sexta-feira, 19, pelo diretor de Normas do Banco Central, Alexandre Tombini, de criar um índice de preços de imóveis (casas, terrenos, etc) foi bem recebida no Ministério da Fazenda. A avaliação é de que este indicador seria útil para completar o arsenal estatístico disponível para a avaliação de eventuais bolhas de ativos que possam se formar na economia.
Ao apresentar a proposta, durante a 2ª Conferência Internacional de Crédito Imobiliário, promovida pelo BC, Tombini defendeu a ideia de que tal índice seja apurado por uma entidade, como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e não pelo Banco Central.
Apesar do apoio à proposta, a fonte da Fazenda lembra que a criação de novos índices esbarra em questões orçamentárias do IBGE, o que pode levar a demorar para que a ideia do BC se torne realidade. O integrante da equipe econômica lembra que desde 2003 o IBGE estuda criar um índice de preços ao produtor, que seria um indicador mais amplo para analisar inflação de custos, e até agora a ideia não saiu do papel.