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Netflix foge dos esportes ao vivo, mas aposta nos documentários

Plataforma investe em séries sobre golfe e tênis após sucesso com Fórmula 1

Por John Koblin e Alan Blinder
Atualização:

THE NEW YORK TIMES - Na quarta temporada da série de documentários da Netflix sobre a Fórmula 1, Dirigir para Viver, a plataforma de streaming tinha evidências de que estava no caminho certo: a audiência e a participação em eventos do Grand Prix, bem como as vendas de merchandising, estavam aumentando.

Então, os executivos da Netflix começaram a discutir com os produtores: que outros esportes podemos usar?

“Isso nos mostrou que o teto era muito mais alto do que pensávamos”, disse Brandon Riegg, vice-presidente de séries de não ficção da Netflix.

Tenistas Thanasi Kokkinakis (à esq.) e Nick Kyrgios durante filmagens de ‘Break Point’, da Netflix.  Foto: Reprodução/Netflix

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Desde a quarta-feira passada, 15 de fevereiro, a mais recente série de documentários esportivos da Netflix, Dias de Golfe, que se concentra no golfe profissional masculino, está disponível, apenas algumas semanas após a estreia de sua série sobre tênis, Break Point.

Durante anos, os executivos da Netflix resistiram a pagar pelos direitos de transmitir esportes ao vivo, mesmo com rivais como Amazon, Apple e YouTube os perseguindo agressivamente.

Em vez disso, a Netflix está buscando uma estratégia mais modesta, construindo uma linha de esportes focada em contar histórias que vão além da tabela de classificação – e a um custo consideravelmente menor do que os direitos de licenciamento para jogos ao vivo.

Não está claro se Dias de Golfe ou Break Point chegarão perto de igualar o impacto de Dirigir para Viver. A audiência da final de tênis masculino do Aberto da Austrália, que ocorreu pouco mais de duas semanas após o lançamento de Break Point, atingiu o nível mais baixo da última década.

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No entanto, os executivos da Netflix estão confiantes em se concentrar em ligas que “não foram bem cobertas em comparação com outros esportes”, disse Riegg. E o golfe e o tênis profissionais estão entusiasmados com a perspectiva de ter acesso aos 230 milhões de assinantes pagantes da Netflix e esperam o tipo de impulso que a Fórmula 1 recebeu. / TRADUÇÃO DE RENATO PRELORENTZOU

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