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Petistas e aliados de primeira hora de Lula votaram contra meta de déficit zero na LDO; veja quais

Governistas tentaram emplacar meta de resultado negativo durante votação de LDO nesta terça, 19

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Por Mariana Carneiro

BRASÍLIA - Oito deputados governistas, entre os quais o nome escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para representar o governo na eleição municipal em São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL-SP), votaram para derrubar a meta de déficit fiscal zero proposta pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

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O voto contrário contou com nomes do PT, PSOL e do PCdoB, partido que controla o Ministério de Ciência e Tecnologia, com Luciana Santos. O grupo apoiou uma alteração ao texto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para mudar a meta para um déficit de 1% do PIB.

Além de Boulos, que lidera o PSOL, votaram a favor do destaque Lindbergh Farias (PT-RJ), a vice-líder do governo Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ), Tarcísio Motta (PSOL-RJ), Bohn Gass (PT-RS), Renildo Calheiros (PCdoB-PE) e Daniel Almeida (PCdoB-BA).

Guilherme Boulos (PSOL-SP) votou para derrubar a meta de déficit fiscal zero proposta pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Foto: TABA BENEDICTO

Feghali afirmou que a meta é um “um torniquete no pescoço do próprio governo” e lembrou que Lula já falou contra a meta. Em outubro, o presidente afirmou que a meta “não precisa ser zero” e que não permitiria cortes em obras prioritárias.

“Quando nós definimos a meta zero, obviamente isso pode gerar, mais à frente, um contingenciamento que, mesmo mitigado no texto da lei, de, no máximo R$ 23 bilhões… R$23 bilhões é muito dinheiro para um momento em que nós precisamos investir, fazer o PAC, gerar um projeto nacional de desenvolvimento, garantir o aumento real do salário mínimo, o aumento do funcionalismo, dinheiro para a saúde, dinheiro para a educação, dinheiro para a ciência, para a inovação”, disse Feghali.

Lindbergh, por sua vez, disse que vem defendendo a revisão da meta desde que Haddad a propôs, no início de 2023. “O que a gente está fazendo é empurrando uma crise para abril. Lá vai ser muito mais difícil alguém dizer: “vamos mexer agora na meta”. Vai ter reação do mercado, vai ter reação deste Parlamento. É um equívoco!”, afirmou Lindbergh.

A proposta não avançou e foi rejeitada pela maioria dos deputados, inclusive membros do Centrão e da oposição.

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