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Preço médio da gasolina sobe 0,2% nos postos, na penúltima semana de fevereiro, diz ANP

Litro foi vendido por R$ 5,08; valores do diesel e do gás de cozinha tiveram queda de 1,6% e 0,16%, respectivamente

Por Gabriel Vasconcelos (Broadcast)
Atualização:

RIO - O preço médio da gasolina nos postos de abastecimento do País subiu 0,2% para R$ 5,08 por litro na semana entre 19 de fevereiro e 25 de fevereiro. Nos sete dias imediatamente anteriores, esse preço era de R$ 5,07. Trata-se, na prática, de uma estabilidade de preços que vem de pelo menos três semanas. Os dados são da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

O preço médio da gasolina nos postos de abastecimento do País subiu 0,2% para R$ 5,08 por litro na última semana  Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Mas essa trajetória estável de preços vai acabar nos próximos dias. Isso porque o governo anunciou a volta de impostos federais (PIS/Cofins) sobre a gasolina a partir de hoje. Os tributos foram cortados no ano passado pelo governo Jair Bolsonaro (PL) a fim de aplacar a inflação em ano de eleição. Esses impostos incidem sobre o preço do combustível nas refinarias e serão gradualmente transferidos às bombas.

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Os tributos acarretam aumento de R$ 0,47 no preço do litro da gasolina A, o que na prática será amenizado para R$ 0,34 devido à redução de R$ 0,13 por litro nos preços do produto da Petrobras, que domina o mercado. Como a gasolina A responde por 73% da mistura do produto vendido nos postos, esses R$ 0,34 de aumento nas refinarias deve levar a uma alta de R$ 0,25 nos postos, conforme cálculo da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) publicado pelo Estadão/Broadcast ontem.

Essa alta pode acontecer nos próximos dias, mas deve se intensificar a partir da próxima semana, conforme os estoques forem sendo consumidos. Com o aumento, a tendência é que a gasolina vendida ao consumidor passe à casa dos R$ 5,33.

Na semana em questão (de 19 a 25 de fevereiro) o preço do litro de etanol anidro, que representa 27% da mistura da gasolina, apresentou leve alta de 1,67% para R$ 3,11 por litro, o que ajuda a explicar o aumento de 0,2% no preço da mistura nos postos. O movimento do etanol anidro recompõe o preço do insumo, que havia caído 2% na semana imediatamente anterior. A medição é do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Escola Superior de Agricultura da USP (Cepea/Esalq-USP).

Diesel

O preço médio do diesel S-10 nas bombas de todo o Brasil apresentou queda de 1,6%, para R$ 6,05 por litro entre 19 e 25 de fevereiro. Nos sete dias imediatamente anteriores, o valor era de R$ 6,10. Os dados são da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

A queda ainda está ligada, residualmente, à redução de 8,9%, ou R$ 0,40, no preço do diesel vendido pela Petrobras a distribuidores nas refinarias da estatal, que passou a valer em 8 de fevereiro. Nas duas semanas até o dia 25 do mês passado, o valor ao consumidor final sofreu uma queda de 27 centavos.

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A tendência é que siga caindo nas próximas medições, uma vez que a Petrobras anunciou ontem uma nova redução, desta vez menor, de 1,9%, no preço do diesel que vende a distribuidores. Essa redução deve ser repassada gradualmente para as bombas. Diferente da gasolina, o diesel não viu os impostos federais sobre combustíveis Pis/Cofins voltarem a incidir esta semana. O combustível segue desonerado até 1º de janeiro de 2024, conforme decisão do governo federal.

Gás de cozinha

Além do diesel, o preço médio do gás liquefeito de petróleo (GLP) ou gás de cozinha também caiu entre 19 e 25 de fevereiro, mas apenas 0,16% ante a semana anterior.

O insumo vendido em botijão de 13 kg fechou a semana a um preço médio de R$ 107,59 ante os R$ 107,77 da anterior. O gás de cozinha tem mantido uma trajetória de quedas leves, pontualmente interrompida no início do mês, depois de sete baixas semanais seguidas ao consumidor final. Também nesse caso, com exceção da gasolina, os insumos federais só voltarão a incidir em 1º de janeiro de 2024.

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