As bolsas amargaram fortes perdas, ontem, lideradas pelas ações de companhias dos setores financeiro, energia, mineração e siderurgia. O estopim da aversão ao risco foi novamente o setor financeiro, após um relatório da agência de classificação de risco Moody''s Investors Services demonstrar receio sobre a exposição dos bancos da Europa Ocidental aos bancos do Leste Europeu, cujos países entraram em um declínio econômico longo e acentuado. Perspectivas de queda na demanda por matérias-primas deprimiram os preços de commodities metálicas e do petróleo. Em Nova York, as bolsas testaram níveis de novembro de 2008. O índice S&P500 caiu 4,56%, aos 789,17 pontos, e o Dow Jones cedeu 3,79%, aos 7.552,60 pontos. Na Bovespa, houve saída de investidores estrangeiros. O Ibovespa recuou 4,77%, aos 39.846,97 pontos. O resultado limitou o ganho no mês a 1,39%. No câmbio, o dólar subiu ante o euro e moedas de países emergentes. No Brasil, o dólar avançou 2,02%, a R$ 2,326 no balcão. Diante da perspectiva de nova flexibilização da taxa Selic, por causa da queda da inflação e da atividade econômica, os juros declinaram. A taxa de janeiro de 2010 recuou a 10,98%. FRASE Sandra Utsumi Dir.-adjunta do BES Investimento ao AE Broadcast Ao Vivo "Além do temor com bancos expostos às subsidiárias no Leste Europeu, há preocupação com classificação de risco de países na Europa"