Para atrair mais investidores e oferecer maior rendimento nos fundos da Vale do Rio Doce, alguns bancos que distribuem esses produtos reduziram o valor cobrado como taxa de administração. A Caixa foi a primeira a comunicar a mudança à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que já aprovou a alteração. As taxas dos fundos da Caixa destinados aos recursos dos Fundos de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) caíram de 3% e 2% ao ano para 1,9% e 1,4%. O que cobra taxa mais alta não exige valor mínimo de aplicação e o segundo recebe aportes a partir de R$ 10 mil (ver demais no link abaixo). O Unibanco também cortou as taxas de 3% e 2% ao ano para 2% e 1,5% - os fundos são diferenciados pelas letras R e P, respectivamente. O banco Inter American Express é outro que reduziu a taxa do seu fundo, de 1,4% para 0,9%. Essas alterações, no entanto, ainda não foram aprovadas pela CVM. O gerente de Produtos da Unibanco Asset Management, Cosmo Labate, explica que o encolhimento das taxas se deve a uma adequação aos demais produtos oferecidos pelo mercado. O diretor de Asset Management do Banco Inter American Express, Marcelo Allain, diz que o prazo curto para a captação também estimulou o corte. Uma idéia da influência das taxas de administração sobre a rentabilidade é dada pelos fundos FGTS-Petrobrás, semelhantes aos da Vale. Entre eles, a carteira com taxa mais baixa, de 0,38% ao ano, acumula rendimento de 55,81%, desde agosto de 2000 até ontem. Fundos com taxa de 3% apuram ganho inferior, próximo de 49%.