Encontramos várias referências sobre a disciplina, porém há duas a destacar: a que se assemelha ao desfile militar, que subordinaria o soldado à causa e não à eficiência do exército, e a outra a da orquestra, na qual o primeiro violino obedece ao maestro porque está preocupado tanto quanto o regente em ter uma boa apresentação.
Identificamos em ambos os casos a necessidade de regras, que não podem, porém, se tornar instrumento autoritário do professor, mas a construção de um clima que assegure a harmonia entre todos os elementos da ação educativa. A construção de “combinados”, ou regras elaboradas em conjunto, colabora para identificar atitudes que deverão servir de referência às ações no cotidiano. Assim, as ações que norteiam a convivência escolar e familiar deverão ser compreendidas como instrumento construído democraticamente no interior da escola e da família, para que todos aprendam a respeitar a si e aos outros, pelo bem comum.
As regras assim entendidas implicam limites claros a todos, e assumi-las propicia o aprendizado de pertencer a uma “orquestra”. Conviver com as diferenças se aprende! Transformar regras em ações compreensivas também. Mudar a lógica da utilização das regras é urgente.