Transformar as graduações do País é uma das apostas de Leandro Tessler, especialista em internacionalização do ensino superior, para o Ciência sem Fronteiras (CsF). Segundo ele, professores e universidades brasileiras devem despertar para inovações que os bolsistas encontram no exterior. “Isso também reduz o isolamento do Brasil nessa etapa de ensino”, diz Tessler, que é professor da Unicamp.
O CsF 2 deve se concentrar na graduação, como ocorreu na primeira fase?
É uma experiência bem-vinda: proporcionar vivência internacional aos alunos de graduação. Ainda pode sacudir as formações de Engenharia no País. Falta saber qual será o impacto dessa experiência no exterior para modernizar o modelo dos nossos cursos.
É preciso deslocar o foco para as instituições?
Sim, o foco ainda é no aluno. Para as universidades com internacionalização zero, o programa foi bom para iniciar o processo. Quem já tem parcerias estratégicas não deseja que terceiros decidam para onde vão seus estudantes.
Quais são os outros ajustes possíveis?
Em relação à participação da iniciativa privada, que foi baixa na primeira fase, deve haver contrapartidas para que os empresários queiram participar. Outro ponto é o caminho inverso: comprometer as instituições estrangeiras a trazer estudantes. Só assim há real intercâmbio. Para isso, precisamos de mudanças básicas: aumentar o número de aulas em inglês em nossas universidades, por exemplo.