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Ciência sem Fronteiras pode modernizar graduações no País, diz professor

Especialista em internacionalização acredita que universidades brasileiras devem aproveitar experiências de alunos no exterior

Por Victor Vieira
Atualização:

Transformar as graduações do País é uma das apostas de Leandro Tessler, especialista em internacionalização do ensino superior, para o Ciência sem Fronteiras (CsF). Segundo ele, professores e universidades brasileiras devem despertar para inovações que os bolsistas encontram no exterior. “Isso também reduz o isolamento do Brasil nessa etapa de ensino”, diz Tessler, que é professor da Unicamp.

O CsF 2 deve se concentrar na graduação, como ocorreu na primeira fase? 

É uma experiência bem-vinda: proporcionar vivência internacional aos alunos de graduação. Ainda pode sacudir as formações de Engenharia no País. Falta saber qual será o impacto dessa experiência no exterior para modernizar o modelo dos nossos cursos.

Leandro-10.jpg Campinas,SP,23.07.2014, ESTADAO PONTO EDU/PONTO.EDU Nova fase do Ciencia sem Fronteiras , Professor Leandro Russovski Tessler, do Instituto de Fisica da Unicamp.Fotos :RICARDO LIMA/ESTADAO Foto: Ricardo Lima/Estadão

É preciso deslocar o foco para as instituições? 

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Sim, o foco ainda é no aluno. Para as universidades com internacionalização zero, o programa foi bom para iniciar o processo. Quem já tem parcerias estratégicas não deseja que terceiros decidam para onde vão seus estudantes.

Quais são os outros ajustes possíveis? 

Em relação à participação da iniciativa privada, que foi baixa na primeira fase, deve haver contrapartidas para que os empresários queiram participar. Outro ponto é o caminho inverso: comprometer as instituições estrangeiras a trazer estudantes. Só assim há real intercâmbio. Para isso, precisamos de mudanças básicas: aumentar o número de aulas em inglês em nossas universidades, por exemplo.

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