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Antecedentes incriminam goleiro agressor

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Por Agencia Estado
Atualização:

A reação pouco racional do goleiro Fabiano, de 28 anos, ao agredir o árbitro paranaense Marcos Tadeu Mafra no jogo em que o América-MG venceu o Avaí, por 1 a 0, terça-feira à noite, em Florianópolis, levanta a discussão de que os jogadores estão sujeitos a uma enorme carga de pressão que atua diretamente no seu lado psicológico e emocional. Alguns não suportam a situação e tem momentos de explosão, como Fabiano, que já apresenta antecedente grave. O goleiro se formou nas categorias de base da Ponte Preta, tradicional por revelar goleiros como Waldir Peres e Carlos. No Majestoso sempre foi do tipo boa praça, brincalhão e de fácil relacionamento, mas agitado dentro de campo. Um fato marcou sua carreira nos primeiros jogos como profissional, no dia 5 de março de 1997, quando a Ponte perdeu em casa para a Francana, por 4 a 2, pelo Campeonato Paulista da Série A2 - segunda divisão. Depois de falhar em dois gols, Fabiano era o principal alvo dos torcedores. Quando o jogo acabou, ele reagiu de maneira inusitada. Partiu em direção do alambrado, dando a impressão de que iria responder às provocações e xingamentos. Fez pior. Saltou o alambrado e caiu em cima de vários torcedores. Rapidamente se abriu uma roda e no meio dela lá estava o enfurecido Fabiano desafiando aos seus desafetos para a briga. A situação foi rapidamente contornada pela ação de três seguranças do clube. É preciso considerar ainda o fato de que a torcida da Ponte sempre foi considerada uma das mais violentas do interior paulista. Em Florianópolis, a reação do goleiro também foi totalmente inesperada. Após os incidentes, ele revelou aos amigos de clube que foi xingado pelo juiz antes de reagir. O zagueiro Luis Carlos Goiano, que também correu atrás do juiz, garante que só queria evitar a confusão, por acreditar que o juiz era faixa preta de jiu-jitsu. Os dirigentes alegam que Fabiano, mesmo desmaiado, foi impedido por policiais de receber os primeiros socorros do médico do clube e que também foi agredido, conforme marca vista no lado do pescoço. O técnico José Ângelo alegou ainda que o juiz não poderia ter sido escalado porque era ex-jogador do clube, nas temporadas de 1988 a 1990. O jogador foi encaminhado às 23h15 para o 5º Distrito Policial de Florianópolis, onde foi registrado boletim de ocorrência de agressão. Ele responderá criminalmente pelo delito, considerado de caráter leve. Na área desportiva poderá ser suspenso por um p razo de 30 a 360 dias. Fabiano deixou a DP às 2h30 de quarta-feira, retornando à Belo Horizonte junto com a delegação pela manhã. À tarde não se manifestou, seguindo orientação do clube.

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