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Apostas esportivas: número de mulheres que arriscam palpites mais do que dobra em 2022

Levantamento aponta que ligação de marcas com o futebol feminino acelerou esse processo

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Por Redação

O número de mulheres que fazem apostas esportivas cresceu em 2022. Pelo menos é o que aponta levantamento de algumas das principais casas de apostas do Brasil. No galera.bet, quando as atividades da empresa começaram, em 2021, a média era parecida com a do restante do mercado, de 18%. Agora, levando em consideração quem realiza apostas no site da empresa, esse número é mais do que o dobro, de 38%.

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Alguns motivos podem explicar essa tendência, segundo aponta o CMO da empresa, Ricardo Bianco Rosada. Entre eles, está a publicidade envolvendo artistas, jogadoras de futebol e, principalmente, o patrocínio às equipes de futebol feminino. Há também uma comunicação mais soft, sem promessas e respeitando conceitos de jogo responsável que ajuda a criar esse novo cenário.

“O futebol feminino entrou em outro patamar nesses últimos anos e o investimento das marcas em equipes, como no nosso caso, que podemos falar com propriedade por causa da parceria com o Campeonato Brasileiro feminino e o time feminino do Corinthians, desperta um interesse maior”, afirma o executivo da empresa.

Esportes da Sorte viu porcentagem de apostadoras mulheres subir para 43,8% neste ano Foto: Divulgação / Esportes da sorte

Já no site de apostas Esportes da Sorte, que nesta temporada passou a patrocinar a influenciadora digital Deolane Bezerra, participante do programa Fazenda 14, da TV Record, a porcentagem atingida neste ano entre as apostadoras mulheres foi ainda maior, saltando para 43,8% - em 2021, a casa apresentou média de 36%.

Na plataforma do Esportes da Sorte, chama a atenção a divisão das faixas etárias predominantes; desde as mais jovens, entre 18 e 24 anos (34%), até com mais de 55 anos (5,2%). Entre 45 e 54 anos, a média é de 15%, e a maioria está na faixa entre 25 e 34 anos, com 45,3%.

“Entendemos que uma série de fatores levaram a esse aumento, entre eles, a chegada do PIX, que deu acesso instantâneo nas operações, uma quantidade significativa de influenciadoras mulheres e famosos fazendo parcerias com as plataformas de apostas, e a publicidade em televisão e redes sociais”, argumenta Daniel Trajano, diretor comercial da Esportes da Sorte.

Rosada, do galera.bet, também entende que a expansão significativa da publicidade em torno das casas de apostas foi outro fator fundamental para esse aumento. “As propagandas de televisão em torno das casas de apostas cresceu assustadoramente nos últimos anos, e isso, de certa forma, chamou mais atenção daquelas mulheres que não conheciam apostas esportivas”.

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Segundo ele, ainda existe um terceiro motivo, que tem a ver com o período de pandemia. “Aliado a introdução do PIX, que facilitou as transações financeiras, as pessoas ficaram em casa por um longo período e tiveram a oportunidade de conhecer novas formas de entretenimento”, complementa.

LEI

Motivo de grande debate pelo potencial de geração de receitas, as apostas esportivas estão legalizadas no Brasil desde 2018, por meio da lei federal 13.756. Ainda falta a regulamentação por parte do governo Federal, e o prazo para que isso seja feito termina em dezembro deste ano. A lei permite que as empresas operem no Brasil, mas, por ainda não ser uma atividade regulamentada no País, têm de ter sede no exterior.

Esse setor já movimenta bilhões de reais no Brasil. Segundo estimativa feita pela consultoria Sports Value, os brasileiros movimentam algo em torno de R$ 4 bilhões em apostas esportivas por ano. O governo fez uma estimativa considerada conservadora de que pode arrecadar R$ 400 milhões a R$ 700 milhões em impostos com a regulamentação dos sites de apostas.

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