Na rodada do Campeonato Brasileiro deste domingo, além de mais uma vitória do Cruzeiro, um personagem em especial se destacou por um motivo bem diferente. O zagueiro da Raposa, Bruno Rodrigo, na partida contra o Criciúma, levou a pior em um dividida com o atacante Lucca e bateu a cabeça no gramado. Apesar do susto, o zagueiro se recuperou e continuou na partida até o final. Na saída de campo, Bruno afirmou que lembrava apenas de poucos lances do jogo e perguntou para um repórter o resultado do jogo. Com um lapso de memória, a saída foi perguntar no vestiário quem foi o autor do terceiro gol. Além de esquecer os lances do jogo, o jogador lembrou apenas que o clube estava na final da Copa do Brasil.
Outros jogadores já passaram pela situação de Bruno Rodrigo. Inclusive existe um caso bem mais complicado. Ser convocado para a seleção do seu país já é algo difícil de alcançar. Ser convocado para uma Copa do Mundo mais ainda. Chegar em uma final de Copa do Mundo é uma situação para poucos. Pior é conseguir isso tudo, conquistar o título e esquecer que você esteve nela.
Essa foi exatamente a situação do Kramer, volante da Alemanha. Após um choque com o zagueiro argentino Garay, o alemão apresentou sinais de amnésia. Segundo os médicos do jogador, as memórias da partida não devem voltar.
Na mesma Copa do Mundo, Alvaro Pereira, lateral-esquerdo do Uruguai, bateu o rosto no gramado após dividida na partida contra a Inglaterra. O jogador estava prestes a ser substituído, quando levantou e afirmou que não queria sair. A Fifa foi acusada por especialistas de negligência, que logo se defendeu dizendo que não pode passar por cima das decisões dos médicos das seleções.
Segundo o médico da Celeste, o jogador foi avaliado duas vezes e só continuou no jogo após a confirmação de que não era um caso de concussão.
O mesmo lateral-esquerdo, porém no jogo do
contra o Criciúma, válido pelo Campeonato Brasileiro, caiu desacordado após uma pancada na cabeça. Mais uma vez, o uruguaio se recuperou a tempo e continuou até o final da partida. Depois dos 90 minutos, o jogador foi encaminhado para o hospital para realizar exames neurológicos e cumprir o protocolo da Fifa sobre traumas e choques na cabeça.
Em 2008, em uma partida do São Paulo contra o Sportivo Luqueño no Paraguai, válida pela Libertadores, o zagueiro Miranda levou uma pancada na cabeça no final do primeiro tempo. O jogador se queixou de lapsos de memória e afirmou que não lembrava do lance, o que preocupou os médicos do tricolor. Desorientado, Miranda não apenas esqueceu do lance, como não lembrava contra quem estava jogando e muito menos o país onde estava.
O zagueiro tinha certeza que estava na Argentina, jogando contra o Boca Juniors, na Bombonera. Claro, foi encaminhado às pressas para um hospital em Assunção, no Paraguai e foi constatada uma amnésia temporária. Na semana seguinte, com bom humor, Miranda disse que se confundiu com as cores dos clubes, ambos amarelos e azuis.
Na Europa, no jogo da Liga dos Campeões entre Barcelona e Chelsea, o zagueiro Piqué desmaiou por alguns segundos após uma dividida com o goleiro Valdés. Tudo para impedir que o atacante Drogba empurrasse a bola para o gol. Segundo informações de uma rádio da Catalunha, o zagueiro não lembrava quem era o adversário do Barça, mais um caso de amnésia temporária. Piqué ficou uma semana em repouso após o lance e o time espanhol acabou eliminado.
De volta ao Brasil, mesmo sem bater a cabeça, o jogador Bruno Oliveira do Rio Branco (AC) desmaiou na disputa de pênaltis contra o Anapolina (GO), nas oitavas de final da série D do Brasileirão. Os médicos do clube não souberam explicar o que causou o apagão, que pode ter acontecido por queda de pressão ou nervosismo mesmo.
O jogador faria a quinta cobrança, mas teve que ser encaminhado ao hospital. Aliás, qualquer um que assistisse ao jogo teria tendências ao desmaio. Tudo porque foram necessárias 26 cobranças de pênaltis para a classificação do time goiano. Sem lembrar de nada depois que acordou, Bruno foi avisado da eliminação.