O atacante uruguaio Gonzalo Carneiro, do São Paulo, foi punido por dois anos de suspensão pelo Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem (TJD-AD), em Brasília. O julgamento ocorreu nesta quinta. O atleta foi flagrado em antidoping. O exame e a contraprova acusaram o uso de cocaína. A punição de 24 meses começa a contar desde o dia 16 de março, quando Carneiro testou positivo. Sua urina foi colhida após a partida entre São Paulo e Palmeiras, no Pacaembu. Assim, o atacante já cumpriu sete meses da pena.
Carneiro está afastado do São Paulo desde abril e não pode frequentar o CT da Barra Funda. O atacante teve o seu contrato suspenso. A diretoria do clube do Morumbi, no entanto, acompanha o caso de perto e fez questão de enviar um representante para o julgamento. O jogador foi defendido pelo advogado Bichara Neto, que pretende recorrer da decisão. O prazo para entrar com recurso é de até 21 dias.
A punição máxima prevista pela lei para esse tipo de caso seria de quatro anos. O clube estava preparado para a punição. No ano passado, Diogo Vitor, jogador do Santos, também recebeu gancho de dois anos por ter usado cocaína. O caso mais famoso recentemente foi do atacante Guerrero, do Internacional. O peruano também teve seu exame confirmado para o uso de cacaína. Sua pena, porém, foi abrandada para que ele pudesse disputar a Copa do Mundo da Rússia, em 2018.
Na época em que foi pego no antidoping, Carneiro apresentava quadro de depressão no São Paulo. Mais tímido, o uruguaio tinha dificuldades para se relacionar com o elenco. O empresário do jogador, Pablo Bentancurt, disse na época à rádio "Sport 890", do Uruguai, que "o garoto cometeu um erro. A depressão é um assunto complicado. Não sabia o que ele consumia. Pensava que era um cigarro".