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Justiça afasta Sérgio Carnielli da presidência da Ponte Preta

Dirigente é acusado de irregularidade no cumprimento da Lei Pelé

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Por AE
Atualização:

CAMPINAS - Sérgio Carnielli foi afastado da presidência da Ponte Preta nesta terça-feira. Por decisão do juiz da 1ª Vara Cível de Campinas, Renato Siqueira de Preto, o mandatário do time campineiro não poderá assumir o cargo e ficará inelegível pelos próximos cinco anos, por denúncia de irregularidade no cumprimento da Lei Pelé.A decisão era esperada para o mês de outubro passado, mas aconteceu apenas no começo deste ano. A direção do clube prometeu recorrer ao Tribunal de Justiça de São Paulo. Enquanto o caso segue correndo judicialmente, Márcio Della Volpe segue como presidente em exercício para o próximo biênio.Carnielli assumiu a presidência em 1997 e permaneceu no cargo até 2011. Neste período investiu dinheiro do próprio bolso no clube. Os valores, reajustados no final de 2012, alcançavam R$ 84 milhões. Antes deste problema jurídico, ele jurava que não fazia questão de ser reembolsado.O juiz entendeu que Vanderlei de Araújo, contratado para fazer auditoria das contas da Ponte Preta, tinha atuação política ativa no clube. Ele integrava a comissão jurídica do Projeto Arena e era responsável pelo contrato da Partbol, empresa de marketing esportivo na qual Carnielli é acionista. Renato Siqueira de Preto descartou que estas situações venham a "configurar relação de confiança".O processo corre desde o final de 2011, logo depois do retorno à elite do futebol brasileiro. Carnielli foi liberado para disputar as eleições, sem poder assumir a presidência em caso de vitória. O departamento jurídico da Ponte Preta entrou com dois pedidos de agravo, mas foram negados."Em nossa opinião, foi uma decisão injusta. Toda a diretoria entende que Sérgio Carnielli nada fez de errado e esperamos que a situação se reverta. Continuaremos trabalhando em prol da Ponte e aguardando a volta dele", afirmou Della Volpe.

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