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OMS e Fifa fazem campanha contra violência doméstica por aumento de casos durante pandemia

Quase um terço das mulheres de todo o mundo são vítimas de violência física ou abusos sexuais por parte de seus parceiros ou outras pessoas

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Por Reuters
Atualização:

A Fifa anunciou nesta terça-feira que se uniu à Organização Mundial da Saúde (OMS) e à Comissão Europeia em uma campanha para ajudar mulheres e crianças vitimadas pela violência doméstica em meio a um aumento de casos resultante das medidas rígidas de confinamento provocadas pela pandemia de coronavírus.

Quase um terço das mulheres de todo o mundo são vítimas de violência física ou abusos sexuais por parte de seus parceiros ou outras pessoas, e cerca de 1 bilhão de crianças de idades entre dois e 17 anos (a metade dos menores do mundo) sofre violência física, sexual ou abandono todos os anos, de acordo com dados da OMS.

Cartaz com foto de Alicia Cortez Lara, considerada desaparecida e encontrada morta em Ecatepec Foto: Luis Cortes/Reuters

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Na América Latina e no Caribe, 58% das crianças sofrem abusos sexuais, físicos ou emocionais, e 30% das mulheres já sofreram violência por parte de seu companheiro afetivo em algum momento da vida. “Da mesma maneira que não se tolera o abuso físico, sexual ou psicológico no esporte, tampouco se deve tolerar em casa”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, em um comunicado.

“(Devido ao) isolamento a que estão submetidas muitas pessoas por causa da Covid-19, o risco de sofrer violência doméstica aumentou tragicamente”, acrescentou. As medidas de distanciamento social impostas em muitos países dificultam para mulheres e crianças se refugiarem com familiares, amigos ou agentes de saúde, algo que era mais viável antes da pandemia, de acordo com a OMS, que também é parte da campanha #SafeHome.

“Pedimos à comunidade do futebol que se conscientize desta situação intolerável, que afeta especialmente as mulheres e as crianças em seus lares, um lugar em que deveriam se sentir seguros e felizes”, disse por sua parte o presidente da Fifa, Gianni Infantino.