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Parte da casa de torcedora gremista é incendiada

Segundo o advogado da torcedora, Alexandre Rossato, o fogo atingiu um porão e queimou parte do assoalho

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Por ALINE MENDES
Atualização:
Patrícia e os outros torcedores que estão sendo investigados pela Polícia Civil podem ser indiciados por injúria racial Foto: Aline Mendes/Estadão

A gremista Patrícia Moreira da Silva, flagrada chamando o goleiro Aranha, do Santos, de macaco, no final de agosto, teve parte da residência incendiada nesta sexta-feira. A casa, localizada no bairro Passo das Pedras, na zona Norte de Porto Alegre, está desocupada desde o episódio, ocorrida durante partida válida pela Copa do Brasil.

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Segundo o advogado da torcedora, Alexandre Rossato, o fogo atingiu um porão e queimou parte do assoalho. Patricia está na casa de parentes. "Lamentável. Isso sim é avaliado como crime", declarou o advogado que deve registrar ocorrência em uma delegacia de polícia na tarde desta sexta-feira.

Após o incidente, Patrícia sofreu ameaças através de rede sociais e também teve a casa apedrejada. Diante da repercussão do caso, a torcedora gremista deixou de frequentar a sua residência. Além disso, prestou depoimento à polícia e deu entrevistas afirmando estar arrependida do seu ato, negando ser racista e também pedindo desculpas a Aranha.

O goleiro aceitou, mas disse que ainda espera por uma punição. O ato racista de parte da torcida do Grêmio fez com que o clube gaúcho fosse punido pelo STJD. A equipe foi excluída da Copa do Brasil, mas ainda terá recurso contra a pena julgado.

Patrícia e os outros torcedores que estão sendo investigados pela Polícia Civil podem ser indiciados por injúria racial. A pena pode chegar a três anos de prisão.

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