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Polícia garante paz no Palestra Itália

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Por Agencia Estado
Atualização:

Para evitar novas brigas entre as torcidas organizadas do Palmeiras, as polícias Militar e Civil armaram um esquema de guerra para o jogo deste domingo contra a Portuguesa, com direito a helicóptero e policiais com armamento pesado antimotim - calibre 12 com balas de borracha. Tudo isso era para garantir a segurança dos torcedores, o que de fato aconteceu - nenhuma ocorrência foi registrada na delegacia móvel instalada na porta do estádio. Mas, por incrível que pareça, teve gente do Palmeiras que reclamou. E muito. "Isso é um absurdo! Estão transformando o Palestra numa praça de guerra! Não precisa de nada disso!", bradava o conselheiro Fernando Pizzo, assessor do presidente Affonso Della Monica. Pizzo não foi o único a reclamar. Muitos conselheiros se sentiram ultrajados por terem de atravessar uma verdadeira barricada policial para entrarem no clube. Alguns diziam que se tratava de uma "perseguição à colônia italiana". Apesar da chiadeira dos conselheiros, a Polícia gostou do resultado. Principalmente porque os membros das duas facções briguentas - Mancha Alviverde e TUP - não foram vistos nem perto do Parque Antártica. "Parece que sumiram. E tomara que não voltem nunca mais", disse o Coronel Marinho, da Polícia Militar. "Temos mais de 30 policiais civis à paisana, infiltrados entre os torcedores, de olho em qualquer movimentação suspeita", emendou o delegado Celso Damasceno, da 3ª Seccional Oeste. Os torcedores da Mancha e da TUP estão proibidos de irem aos estádios com roupas de suas respectivas facções. Apesar disso, dois membros da Mancha foram vistos pela reportagem do JT vestindo camisas da organizada na porta do Palestra. Um deles parecia fazer isso por pura provocação. O outro, Maurício Reis, 17 anos, disse: "Camisa não tem nada a ver. Sou Palmeiras. Só não entro no estádio porque não tenho dinheiro".

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