O empate por 0 a 0 diante do Cruzeiro, na última quinta-feira, selou a eliminação da Chapecoense nas oitavas de final da Copa do Brasil. Mas mais do que o resultado na Arena Condá, o confronto ficou marcado por uma confusão generalizada entre as equipes após o apito final, já no caminho para os vestiários.
Jogadores, comissão técnica e até membros da direção dos clubes trocaram empurrões e bateram boca nas dependências do estádio. A confusão aumentou após o lateral cruzeirense Diogo Barbosa arremessar um copo da água na direção dos adversários. Mas após o entrevero, com os ânimos mais calmos, o presidente da Chapecoense, Plínio David de Nês, o Maninho, pediu desculpas pelo episódio.
"Enalteço a diretoria do Cruzeiro e peço desculpas pelo que aconteceu. São contra os nossos princípios e não ajudam em nada por um bom futebol. O Cruzeiro é uma equipe irmã, que nos atendeu, e hoje estivemos juntos mais uma vez. Não são essas lembranças que serão levadas de um clube como a Chapecoense", declarou.
O técnico da equipe catarinense, Vágner Mancini, foi na mesma linha do dirigente. Um dos mais exaltados na confusão, principalmente após uma discussão com o atacante adversário Ábila, ele também fez questão de se desculpar após o episódio e ressaltou a boa imagem da Chapecoense.
"Já quero pedir desculpas por tudo o que aconteceu. Não queremos mudar a imagem de um clube que está se reconstruindo. No momento que cheguei para tirar os jogadores da confusão, foi atirado um copo na minha direção e bateu eu mim. Na hora fiquei tenso, mas a gente sabe que isso não pode acontecer. Somos defensores de um futebol sem violência. Mas na hora os nervos estavam à flor da pele, tínhamos acabado de ser desclassificados. Vamos de zero a dez muito rápido. Volto a dizer e peço desculpas por tudo que foi mostrado, que foi visto por vocês. Esse não é o pensamento da Chapecoense", afirmou.