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No banco de reservas, um confronto de amigos

Caio e Renato se conhecem desde os anos 80, no Grêmio

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Os técnicos Caio Júnior e Renato Gaúcho, que se enfrentam hoje no Palestra Itália, se conheceram ainda adolescentes, no alojamento das equipes de base do Grêmio, na década de 80. "Minha cama ficava ao lado da dele", revelou o palmeirense, em entrevista à ESPN Brasil. Dois anos e meio mais novo que Renato, Caio, hoje com 42, tinha de se cuidar para não cair na "tentação" de acompanhar o colega. "Ele sempre foi muito festeiro e fazia sucesso com as meninas. O bom de sair com ele é que sempre sobrava uma para a gente." O convívio dos dois foi curto. Renato logo trocou o Grêmio pelo Flamengo, enquanto Caio foi para Portugal, onde jogou por oito anos. "Pela distância, perdemos um pouco o contato", diz o treinador palmeirense. "Ele não é um amigo para quem eu ligo com freqüência, mas é gratificante vê-lo com sucesso como treinador." Antes um atacante irreverente, hoje Renato Gaúcho é um técnico disciplinador e com bom olho para armar a defesa, segundo Caio Júnior. "O Fluminense é uma equipe bem montada, uma das melhores do Brasil, e com um sistema defensivo forte." Para superar esta barreira, Caio Júnior conta com a técnica do veterano Edmundo e do jovem Caio. "Eles vão ter liberdade para criar as jogadas, mas terão também de ajudar na marcação. Não podemos deixar tudo nas costas de Makelele e do Pierre (os volantes)", diz o atacante. MUDANÇA É por isso que Deyvid Sacconi ganhou a posição no meio-de-campo de Martinez - o jovem de 20 anos é bem mais veloz que o experiente volante, de 27. Preocupado com o possível abatimento de Martinez, Caio Júnior chamou seu ex-capitão para uma conversa particular. Explicou que a mudança na equipe é de ordem tática e deixou claro que ainda conta com Martinez para os dois últimos jogos do Campeonato Brasileiro (Internacional, no Beira-Rio e Atlético-MG, no Mineirão) e em toda a temporada de 2008. "O Martinez respondeu muito bem. Provou mais uma vez que é um homem de caráter, que pensa mais no grupo do que em si próprio", afirma o técnico. Caio Júnior espera contar também com o apoio da torcida palmeirense, hoje e na última rodada, diante do Atlético-MG, também no Palestra. "Ela tem que ver o exemplo do Flamengo", observa o treinador. "Quando a torcida joga junto, fica mais fácil", completa Caio, que aprovou os três dias de retiro em Jarinu, a 70 quilômetros de São Paulo. "Aqui, os jogadores podem se concentrar mais na partida e ter melhor alimentação."

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