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Oito clubes de São Paulo se rebelam contra regras da CBB

Eles exigem várias mudanças para participar do Campeonato Nacional

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O Campeonato Nacional Masculino de Basquete de 2008 está em xeque. Oito clubes de São Paulo decidiram fazer uma série de exigências à Confederação Brasileira de Basquete (CBB) para participar da próxima edição - que, em princípio, começaria em 6 de janeiro - e criar uma espécie de liga, a Associação Brasileira de Clubes, para gerir o campeonato. As exigências foram encaminhadas ao presidente da CBB, Gerasime Grego Bozikis, em carta assinada por Pinheiros, Paulistano, Limeira, Assis, São José dos Campos, Franca, Araraquara e São João da Boa Vista. Os clubes também estão descontentes com a declaração de Grego de que pretende trazer um estrangeiro para comandar a seleção, o que vêem como desprestígio aos técnicos nacionais. Entre as exigências, os clubes querem receber direta e integralmente as verbas pagas pela TV; isenção da taxa de inscrição; o custeio, pela CBB, de despesas com arbitragem; autonomia para negociar patrocínio e publicidade; e participar da elaboração das tabelas e da definição da fórmula de disputa. ''''O Nacional vem caindo em qualidade. É deficitário, mal organizado e os clubes têm custo alto para participar. Por isso, os paulistas decidiram adotar uma posição conjunta. Só disputaremos o Nacional se nossas exigências forem atendidas'''', disse Cássio Roque, dirigente de Limeira. A CBB deu prazo até o fim de setembro para os clubes se inscreverem no Nacional, cobrando taxa de R$ 20 mil. ''''Duvido que algum clube tenha feito a inscrição.'''' Cássio ainda observou que a gestão do campeonato nacional por uma liga ou uma associação é tendência mundial. ''''A CBB fica com as seleções.'''' Na última temporada, quando o Universo, de Brasília, foi o campeão, o torneio já estava esvaziado. Apenas três clubes de São Paulo disputaram o Nacional - Franca e Paulistano, que estão entre os ''''rebelados'''', e Rio Claro, que não tem mais time. Em 2006, por causa de uma série de liminares na Justiça, o torneio não teve um campeão. ''''O grupo de São Paulo está insatisfeito com o andamento do basquete brasileiro. O documento expõe nossas necessidades financeiras, técnicas e administrativas para participar do Nacional. Paralelamente, criaremos a Associação Brasileira de Clubes para gerir o campeonato, como ocorre na Europa, nos EUA e na Argentina'''', disse João Fernando Rossi, diretor de Esportes Coletivos do Pinheiros. Para o técnico Hélio Rubens, de Franca, ''''os clubes têm de assumir a gerência de seus negócios por meio da Associação Nacional''''. Acha que a CBB vai entender o argumento. ''''O Grego já havia criado um comitê executivo de clubes para administrar o Nacional. Está consciente do que querem os clubes.'''' Por meio da assessoria de imprensa, a CBB disse que ainda não recebeu a carta dos clubes, mas que o assunto será analisado pela Comissão Executiva do Nacional, terça-feira, em São Paulo.

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