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PM prende suspeito de jogar bomba no Morumbi

Detenção ocorreu em Paraisópolis; rapaz planejava novos ataques

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Por AP
Atualização:

Policiais do 2º Batalhão de Policiamento de Choque afirmaram ter prendido ontem Robinson Damião, de 25 anos, que teria jogado a primeira bomba que provocou agitação ao final do clássico entre São Paulo e Corinthians, domingo, no Estádio do Morumbi. O acusado foi detido ao invadir um condomínio na Avenida Giovani Gronchi, em Paraisópolis. Ao ser rendido pelo porteiro do edifício Paent House, Robinson Damião foi revistado pelos policiais que chegaram logo depois. O acusado não tinha armas, mas os PMs encontraram com ele duas bolas de bilhar. Ao ser questionado para que elas seriam usadas, Robinson Damião teria contado que costuma fazer bombas caseiras utilizando bolas de bilhar e ainda que teria sido ele quem atirou a bomba no domingo. Segundo suas próprias explicações, Damião estava no meio da torcida corintiana - faz parte da organizada Gaviões da Fiel, no anel superior do estádio. Após a partida, resolveu arremessar a bomba em direção ao estacionamento. Com o barulho, teria começado toda a confusão. "Ele disse que não imaginava que fosse provocar tantos problemas", disse o tenente Thiago Chiyo, que comandou a operação. Robinson Damião foi levado ao 89º DP, onde foi ouvido em depoimento em que explicou, até mesmo, como faz para entrar no estádio com o material a ser utilizado na fabricação da bomba. Damião teria contado que esconde as bolas de bilhar sob o pé e que calça o tênis em seguida, escondendo-as por completo. Dentro do estádio, junta todo o material e produz o explosivo. A versão de Damião, porém, contraria o que foi divulgado no domingo logo após o clássico. Segundo relatos de torcedores e da própria PM, a bomba teria vindo do estacionamento para dentro do estádio, no local onde os torcedores corintianos estavam confinados ao final do jogo à espera de serem liberados para deixar o estádio. A partir desta primeira bomba, a PM teria reagido com bombas de gás lacrimogêneo para controlar a ação dos torcedores. O saldo foi terrível: 29 pessoas foram socorridas no posto de atendimento médico dentro do estádio e pelo menos outras 20 teriam sido atendidas em hospitais da cidade, sem contar o susto provocado com tanta correria.

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