O grande desafio dos clubes de São Paulo nesta virada de ano é limpar sua folha de pagamento. Nem digo baixar os valores. A expressão é limpar mesmo. Palmeiras e Corinthians, sobretudo, têm muitos jogadores no elenco que não merecem estar lá. São jogadores peso-morto para o time, que nunca são usados e ainda ganham salários de R$ 70 mil, R$ 120 mil, R$ 170 mil por mês. É o caso do corintiano Souza. No Palmeiras também tem uns cinco, seis nessa mesma condição. De custo-benefício altíssimo para o clube.
O torcedor, cada vez mais bem informado, sabe quem dá lucro e quem da prejuízo para seu time. Ele não engole mais contratações equivocadas e contratos longos. Sabe ainda que mais vale se acertar com um bom jogador por R$ 400 mil mensais do que quatro atletas sem importância por R$ 100 mil cada. Para fazer volume, o clube se vale dos meninos da base. E aí o assunto chega no exemplo de Adriano. Se mandar uns três embora, tanto Corinthians quanto Palmeiras têm condições de pagar um salário maior para o atacante da Roma, que sabe fazer gols e vai ser importante para o clube ao longo da temporada, mesmo com todos os seus problemas pessoais.