O presidente do Corinthians deve anunciar nos próximos dias o OK que todo corintiano espera há 100 anos. Com seu jeitão de dirigente despachado e sempre disposto a vender a imagem de cansado e louco para deixar o cargo, Andres vai anunciar a obra do Itaquerão. Vai botar para dentro do terreno centenas de operários, máquinas e tudo o mais que será manchete em todos os jornais no dia seguinte. A estratégia também faz parte de fazer do Corinthians o rei da audiência e das reportagens de impacto no País.
Daí pra frente o estádio corintiano vai, enfim, ganhar forma. Esta semana, uma legião de trabalhadores, equivocadamente, bateu à porta do Itaquerão atrás de emprego honesto. Eles poderão voltar em breve com a carteira de trabalho nas mãos para ser assinada. Muitos serão contratados e, de certa forma, entrarão para a história do clube. Poderão depois bater no peito e espalhar aos quatro ventos 'eu fiz parte disso'.
O dinheiro vem da Odebrecht e do BNDES. Pra lá de R$ 500 milhões. Os empecilhos estruturais e de ordem administrativa estão todos resolvidos. Andres passará então a ser visto de capacete branco na cabeça, feito um engenheiro de obra. Da sua obra.