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Teixeira luta contra, mas parceria com a MSI vai ser alvo de CPI

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Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista vai investigar suposta ocorrência de formação de quadrilha, crimes contra o sistema financeiro nacional e a ordem tributária, sonegação e evasão de divisas na parceria do Corinthians com a MSI. Iniciativa do deputado Silvio Torres (PSDB-SP) e do senador Álvaro Dias (PSDB-PR), o requerimento de criação da comissão já tem apoio de 210 deputados, 39 além do necessário, e 17 senadores. Dias acredita que na próxima semana terá as 27 assinaturas dos senadores. No Senado, parlamentares de peso apóiam a CPI, como o tucano Arthur Virgílio (AM), e os senadores Pedro Simon (RS) e Jarbas Vasconcelos (PE), do PMDB. O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, pediu que os senadores boicotem a criação da CPI, que poderia atrapalhar a pretensão de o Brasil receber a Copa de 2014. Para não dar pretexto a eventual fiasco, Torres e Dias se comprometeram a "segurar" a criação da CPI até o dia 31, quando será definida a sede da Copa. O deputado lembra que a iniciativa, ao contrário do que sugere Teixeira, deve agradar à Fifa, que patrocina um comitê especial de investigação de crimes. Os parlamentares torcem pelo êxito da investigação feita pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público de São Paulo. E lembram que uma CPI, além de dispor de mecanismos como a quebra de sigilos, permite à sociedade acompanhar o que está sendo feito. A exemplo do que teria ocorrido com o time paulista, o principal alvo das apurações são investidores do Leste Europeu, lembra Torres. Sobre a pressão de Teixeira, o deputado acredita que deve estar atendendo ao pedido de outros clubes brasileiros, igualmente suspeitos de utilizarem recursos de origem ignorada. Relator da CPI da Nike, que em 2000 e 2001 investigou irregularidades no futebol, corintiano de coração, Torres acha que a torcida apóia a iniciativa e que ocorreu no Corinthians o mesmo que em outros times, " tentar suprir uma situação financeira precária com dinheiro vindo não se sabe de onde". "Vários se contaminaram."

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