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Brasil vai ganhar Memorial do Tênis, com direito a museu, biblioteca e Hall da Fama

Um dia após Bia Haddad disputar as semifinais de Roland Garros, modalidade recebe ‘presente’ com projeto de reconhecimento em território nacional

Por Estadão Conteúdo

Nesta sexta-feira é celebrado o Dia do Tenista, e com os atletas brasileiros cada vez mais ganhando destaque no cenário mundial, justo que ganhassem um merecido reconhecimento. Um dia após Bia Haddad fazer história ao disputar uma semifinal de Roland Garros, os torcedores recebem a notícia de que a modalidade terá em breve o Memorial Tênis Brasileiro, com direito a museu, biblioteca e hall da fama como maneira de reconhecer e divulgar todo o bom trabalho realizado nas quadras ao longo de décadas.

Idealizado pelo professor e jornalista Walmor Elias, que há 10 anos trabalha para tirar do papel o projeto, o Memorial Tênis Brasileiro estará funcionando em no máximo seis meses, prazo estipulado para que todo o material esteja disponível para os amantes do esporte.

Walmor Elias, idealizador do Memorial Tênis Brasileiro. Foto: Divulgação/Walmor Elias

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A ideia inicial era criar apenas um Museu do Tênis, mas Walmor decidiu incluir no projeto uma biblioteca. Por fim, vendo um material da ITF (sigla em inglês para Federação Internacional de Tênis), percebeu que a iniciativa seria completa com a instalação do Hall da Fama, homenageando os maiores nomes da história, a exemplo de outros esportes e de vários países. Tenistas, técnicos, dirigentes e jornalistas serão homenageados.

O acervo contará com mais de 4 mil fotos, 600 vídeos de diferentes tamanhos, 600 painéis temáticos, livros e coleções de revistas de tênis e muitas reportagens, acervos, arquivos e materiais de tenistas, eventos, e mesmo algumas raridades. Um Instituto também foi criado para gerir e administrar o projeto. A maioria do acervo é digital-eletrônico e sua sede ficará na rua Líbero Badaró, no Vale do Anhangabaú, em São Paulo (SP).

“Após me desiludir com o tênis na parte política, decidi que ia estudar e pesquisar o tênis brasileiro”, afirma Walmor, que esteve 13 anos na Federação Gaúcha, seis como presidente e mais seis na CBT (Confederação Brasileira de Tênis), três como vice e mais três como presidente. “No Brasil, nenhum esporte tem um projeto tão arrojado e audacioso”, garante. O professor e jornalista ainda tem a ajuda de seus três filhos, Leandro, Fernanda e Leonardo, no projeto.

O Memorial Tênis Brasileiro só poderá ser acessado online e digitalmente em seis meses para a incorporação de todo o acervo. A digitalização completa do material deve demorar entre dois e três anos por causa do elevado custo, mas, brevemente, poderá receber doações de materiais de todo o Brasil e, em julho de 2024, ter visitas presenciais do público, com material de leitura e pesquisa do tênis de 1890 e todas as décadas a partir de 1900, assim como conteúdos mais recentes.