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Cart tenta segurar a Penske na Indy

A Penske pode manter uma equipe na Indy, com o patrocínio da Mobil, e outra na IRL, com patrocínio da Marlboro.

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Cart - Championship Auto Racing Teams - Joseph Heitzler - tem, nesta terça-feira, uma tarefa difícil: segurar a Penske na categoria em 2002. Roger Penske e Heiztler estarão juntos, em Las Vegas na entrega de prêmios da temporada. A Penske conquistou o 11º título da história, com o bicampeonato de Gil de Ferran. Mas, a partir do ano que vem, a equipe poderá correr apenas no campeonato da IRL - Indy Racing League. A Penske é a maior equipe da Cart, a que tem os melhores sultados. Além dos 11 títulos, soma 109 vitórias e 11 conquistas das 500 Milhas de Indianápolis. Criada em 69, com uma passagem pela Fórmula 1, entre 74 e 77, a Penske já teve entre seus pilotos Mario Andretti, Bobby Unser, Al Unser, Al Unser Jr., Émerson Fittipaldi, Rick Mears, Paul Tracy, Danny Sullivan e outros. Este ano disputou o campeonato com Gil de Ferran e Hélio Castro Neves. Roger passou a criticar a Cart quando a entidade decidiu cortar o oval de Michigan da próxima temporada. O dirigente americano sempre foi contra a substituição de circuitos ovais por mistos. Este ano, em maio, depois de fazer a dobradinha nas 500 Milhas de Indianápolis, com Hélio Castro Neves em primeiro e Gil, em segundo, Roger Penske admitiu que tinha interesse em montar uma equipe para correr na IRL em 2002, provavelmente com o mesmo equipamento utilizado nas 500 Milhas: chassi Dallara e motor Aurora ou Chevy. No decorrer da temporada, após Indianápolis, a Penske poderia passar a correr com os motores Toyota que estão chegando à IRL. "Eu fiquei do lado da Cart quando a IRL foi criada e abandonei Indianápolis. Eu me arrependi. E não ganhei nada em troca. Foi um erro", disse Roger Penske. Duas versões - Agora há duas versões e Penske não confirma nenhuma delas. A primeira é que a equipe, simplesmente, anunciará sua saída e transferirá seus dois pilotos, Gil e Helinho, para a IRL. A segunda é que ele poderia manter uma equipe na Indy, com o patrocínio da Mobil, e outra na IRL, com patrocínio da Marlboro. A marca de cigarros quer competir outra vez nas 500 Milhas. Este ano, na vitória de Helinho, o logotipo da Marlboro estava encoberto por questões contratuais. Segundo acordo com o governo americano, o patrocínio de marcas de cigarro não pode ir além de uma única categoria. "Eu vou sentir falta dos circuitos mistos e de rua se isso, realmente, acontecer. Mas, de qualquer forma, minha preocupação é trabalhar com a Penske. Esse é o meu objetivo. Irei para onde ela for", disse Gil de Ferran, sem confirmar a notícia. A Cart enfrentou muitos problemas, este ano, o que teria também contribuído para a possível saída de Roger Penske. Algumas provas, como o Rio e Texas Motor Speedway, foram canceladas. As corridas da Europa deixaram a desejar. A entidade não conseguiu fechar um acordo de televisão para toda a temporada enquanto a IRL, graças às 500 Milhas, vendeu as transmissões com facilidade. Este ano, segundo estatísticas das televisões americanas, as provas da IRL tiveram mais audiência do que as da Cart. A IRL, em 2002, correrá em mais três circuitos que já foram da Cart: Nazareth, Michigan e St. Louis. Além de Homestead, onde já teve este ano a sua prova de abertura. Roger Penske sempre teve predileção por estas pistas, destacando que a categoria americana sempre se deu melhor nas diversas modalidades de traçados ovais.

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