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Hamilton pode deixar a F-1? Veja o que se sabe sobre o destino do heptacampeão

Comentários de Toto Wolff, chefe da Mercedes, geram série de especulações sobre o piloto britânico, que não faz declarações públicas desde a perda do GP de Abu Dabi para Max Verstappen

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Por Marcos Antomil
Atualização:

O silêncio de Lewis Hamilton após a perda do título de 2021 para Max Verstappen, associado às recentes declarações do chefe da Mercedes, Toto Wolff, levantou questionamentos sobre a continuidade do heptacampeão mundial na Fórmula 1. A derrota na última volta no GP de Abu Dabi provocou fortes reações da escuderia alemã e protestos junto à FIA (Federação Internacional de Automobilismo) pelas decisões tomadas por Michael Masi, diretor de prova, durante a corrida final da temporada.

Desde o fim de semana nos Emirados Árabes Unidos, Lewis Hamilton apareceu publicamente apenas uma vez: para ser nomeado "Sir" após receber o título de Cavaleiro da Ordem do Império Britânico. Nas redes sociais, onde é bastante ativo, fez sua última publicação há dez dias, no sábado anterior à corrida de Abu Dabi. Depois disso, Lewis se calou.

Lewis Hamilton tinha a vitória nas mãos em Abu Dabi, mas entrada do safety car prejudicou estratégia e deixou o inglês com o vice Foto: KAMRAN JEBREILI/ AFP

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Na última quinta-feira, o piloto britânico deveria ter comparecido à premiação da FIA, mas não apareceu. Sua ausência pode ser punida, uma vez que consta no regulamento a obrigatoriedade de participação no evento dos três melhores pilotos da temporada. Ele foi o segundo. O novo presidente da Federação Internacional de Automobilismo, Mohammed Ben Sulayem, disse que investigará o caso. "Regras são regras no fim do dia. Ele as está violando? Eu tenho de investigar. Mas, definitivamente, se houver alguma infração, não há perdão nisso", iniciou Ben Sulayem. "Eu sei que Lewis está muito triste com o que aconteceu. Diria que ele está quebrado", afirmou o novo mandatário da categoria.

Após as negativas nos protestos sobre as decisões de Michael Masi em Abu Dabi, a Mercedes prometeu recorrer, mas optou por não prosseguir nas reclamações diante das declarações da FIA sobre mudanças a serem feitas no regulamento para que ambiguidades não voltem a gerar problemas e manchar a imagem da categoria junto ao público do automobilismo. "Decidimos junto com Lewis protestar, lançar o recurso e retirá-lo depois. Mas você pode imaginar não só para ele, mas também para nós, equipe, como foi terrível ser confrontado com uma decisão que decidiu o resultado do campeonato mundial. Mas nem ele nem nós queríamos ganhar o campeonato mundial no tribunal", explicou Toto Wolff.

O chefe da Mercedes, que também não compareceu à premiação da entidade máxima da modalidade, não poupou críticas à direção da prova. "Ele tinha a liderança em Abu Dabi no domingo desde o início. Venceu a largada e nunca mais perdeu a liderança, e roubá-lo na última volta da corrida é inaceitável. Nunca vou superar isso", declarou. Também partiu de Toto Wolff as especulações mais recentes sobre a sequência de Lewis Hamilton na Fórmula 1.

"Em uma visão humana, é tão difícil (continuar correndo), porque foi decepcionante. Fórmula 1 é só um esporte, coisas muito piores acontecem lá fora e não podemos cair na armadilha de pensar que isso é a coisa mais importante do mundo. Então, eu espero muito que Lewis continue correndo, porque ele é um dos melhores de todos os tempos. Como piloto, seu coração precisará falar 'eu preciso continuar', porque ele está no auge de seu ritmo", afirmou Wolff.

​Contrato renovado

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No último mês de julho, Lewis Hamilton renovou seu vínculo com a Mercedes até o fim de 2023, portanto, teria mais duas temporadas para disputar ainda. Ele é um dos pilotos mais bem pagos dfo mundo. O britânico fez uma série de exigências para continuar na categoria e ter mais tempo para se dedicar a outras atividades. Em 2022, a Mercedes terá mudanças importantes com a troca do piloto finlandês Valtteri Bottas - que vai para a Alfa Romeo - pelo britânico George Russell, ex-Williams. As alterações no regulamento da Fórmula 1, que mexerão diretamente na aerodinâmica dos carros, serão um desafio para todas as escuderias. E a Mercedes conta com a experiência de Hamilton para seguir no pelotão da frente. Lewis ainda mantém seu silêncio.

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