Anonymous afirma que hackeou Banco Central da Rússia; governo russo não comenta

Grupo hacker afirma que 35 mil arquivos foram sequestrados e serão liberados em até 48 horas com acordos secretos

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Por Redação
2 min de leitura

O grupo hacker Anonymous afirmou nesta quarta-feira, 23, que hackeou os sistemas do Banco Central da Rússia. A informação foi divulgada em um dos perfis do grupo no Twitter.

Segundo os hackers, cerca de 35 mil arquivos foram sequestrados e serão liberados em até 48 horas com acordos secretos com o banco. O conteúdo dos arquivos é desconhecido. A Rússia não deu declarações sobre o ataque.

Esse não é o primeiro ataque hacker reivindicado pelo grupo contra a Rússia. Desde o início da guerra, há um mês, o Anonymous declarou uma “guerra cibernética” contra Vladimir Putin.

No início do mês, o grupo disse ter invadido os canais de TV russos Russia 24, Channel 1 e Moscow 24, além de serviços de streaming. Segundo os hackers, o objetivo foi “mostrar a verdade para o povo russo se libertar da máquina de censura estatal.”

O grupo também tem retirado diversos sites governamentais do ar e hackeia empresas que continuam em operação na Rússia, como a Leroy Merlin. “Apelamos mais uma vez às empresas que continuam a operar na Rússia: Interrompa imediatamente sua atividade na Rússia se sentir pena das pessoas inocentes que estão sendo massacradas violentamente na Ucrânia. Seu tempo está se esgotando. Nós não perdoamos. Nós não esquecemos”, afirmaram nesta quarta-feira, 23.

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O grupo hacker Anonymous declarou que está “oficialmente em guerra cibernética contra o governo russo”. Foto: Reprodução

O Anonymous é um coletivo descentralizado que se formou em 2003 que é conhecido por usarem a máscara do soldado britânico que inspirou o protagonista de “V de Vingança”. Guiado pelo hackativismo, eles entendem a ação hacker como uma forma de ativismo político e social. Depois de um hiato, o grupo voltou à ativa com a divulgação uma suposta ação judicial contra o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusado por estupro e abuso sexual.

No Brasil, o Anonymous ficou conhecido por divulgar, em 2020, supostos dados do presidente Jair Bolsonaro, de seus filhos e de integrantes do governo brasileiro como a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, e o ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub.

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