WASHINGTON - Os EUA pressionaram na segunda-feira 10 o governo do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, para que "reconsidere" a inabilitação de 15 anos para o exercício de cargos públicos imposta ao líder opositor Henrique Capriles na semana passada e para que Caracas convoque eleições "livres e justas".
"Os EUA veem com profunda preocupação as ações do governo venezuelano para impedir que Capriles - ex-candidato presidencial - participe da vida pública do país durante 15 anos", diz um comunicado do Departamento de Estado americano.
A pasta liderada pelo secretário de Estado americano, Rex Tillerson, pede que Maduro "reconsidere a decisão de inabilitar Capriles", "restabeleça a ordem democrática" e convoque eleições "livres e justas" em "harmonia com os instrumentos internacionais".
No comunicado, o Departamento de Estado também citou os protestos recentes na Venezuela, pediu que o governo "respeite" o direito à manifestação e para que os manifestantes se expressem de forma "não violenta".
"Exigimos aos manifestantes que se expressem de maneira não violenta e pedimos às forças de segurança do governo que protejam os protestos pacíficos", disse o Departamento de Estado após os distúrbios ocorridos no território venezuelano.
"A liberdade de manifestação é um direito humano universal que as autoridades venezuelanas devem respeitar", acrescentou o comunicado.
ONU. O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos pediu nesta terça-feira, 11, ao governo da Venezuela que respeite o direito à manifestação pacífica e à liberdade de expressão de seus cidadãos, e fez um apelo "a todas as partes" a renunciar à violência.
"Estamos preocupados com os relatórios sobre (atos de) violência durante os protestos. Fazemos uma chamada ao governo da Venezuela para garantir que seja respeitado o direito à manifestação pacífica e à liberdade de opinião", afirmou a porta-voz do alto comissariado, Elizabeth Throssell, em um comunicado. / EFE