DUBAI - O exilado – e considerado poderoso – filho do ex-ditador do Iêmen Ali Abdullah Saleh, assassinado na segunda-feira por seus ex-aliados houthi, prometeu nesta terçca-feira, 5, vingança contra o movimento que matou seu pai, após ele ter mudado de lado na guerra civil.
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A ameaça de Ahmed Ali Saleh, ex-chefe da Guarda Republicana iemenita que já foi visto como um possível sucessor do pai, pode torná-lo o novo líder dos combatentes antihouthi em Sanaa, após uma semana em que os houthi perseguiram e expulsaram apoiadores de Saleh da capital.
Nesta terça, a família do ex-ditador anunciou a morte de seu sobrinho, Tariq Mohamed Abullah Saleh, em combates com houthis em Sanaa.
Na guerra civil do Iêmen os houthis, xiitas que têm apoio do Irã e controlam Sanaa, combatem uma aliança militar liderada pela Arábia Saudita, que representa a força dos sunitas no Oriente Médio.
O conflito – iniciado em março de 2015, quando os houthi conquistaram a capital iemenita – ocasionou uma crise humanitária considerada pela Organização das Nações Unidas como a pior da atualidade.
A ONU planeja mandar uma missão para Riad para convencer o governo saudita a permitir o funcionamento do porto de Hodeidah, para que ajuda humanitária chegue às vítimas do conflito. / REUTERS e EFE