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Filho de Trump revela nome que seria de denunciante pivô na investigação contra seu pai 

Segundo Trump Jr., a identidade do denunciante circula desde a semana passada em meios de comunicação associados à extrema direita

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Por Redação
Atualização:

WASHINGTON - O filho mais velho do presidente americano, Donald Trump, publicou nesta quarta-feira, 6, em sua conta no Twitter o nome de um funcionário da Agência de Inteligência Americana (CIA) apresentado como o agente cujo testemunho desatou no procedimento de destituição contra seu pai. A revelação, se confirmada, viola as leis de proteção a denunciantes. 

A identidade do denunciante, que segundo a conta oficial do Twitter de Donald Trump Jr. seria Eric Ciaramella, circula desde a semana passada em meios de comunicação próximos da extrema direita. A agência France-Presse afirma que não pôde verificar essa informação de forma independente e não publicará o nome. Os principais jornais americanos não estão relatando a história. Veículos nos EUA que revelarem o nome podem ficar sujeitos à legislação americana. 

Senado americano convocou Donald Trump Jr. para testemunhar novamente sobre seu encontro com advogada russa durante a campanha de seu pai para as eleições de 2016 Foto: Nicholas Kamm / AFP

Em seu tuíte, o filho de Trump acusou o denunciante de ter trabalhado com os "anti-Trump" e colocou um link para um artigo do site conservador Breitbart News.

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Andrew Bakaj, o advogado do denunciante anônimo, não confirmou nem negou a veracidade da identidade, mas disse que Trump Jr. e outros que citaram seu nome estavam colocando a fonte e sua família em risco, assim como todo o sistema de proteção projetado para esse tipo de caso.

"O que não fará (essa revelação) é livrar o presidente da necessidade de enfrentar os crimes alegados, que têm sido todos substancialmente provados como certos." 

O cliente de Bakaj é um integrantes dos serviços de inteligência que esteve por um tempo trabalhando na Casa Branca. No último verão (no norte), esse funcionário levou a seu superior uma preocupação com relação a um telefonema no dia 25 de julho no qual o presidente dos EUA supostamente pressionou o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, para que investigasse seu rival político e ex-vice-presidente dos EUA Joe Biden e a seu filho Hunter em troca do envio de uma ajuda militar. 

Essa revelação levou os democratas a iniciar uma investigação com o objetivo de conduzir um julgamento político contra Trump que poderá pôr fim antecipadamente à sua presidência. 

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Na sexta-feira da semana passada, a Câmara dos Deputados, dominada pelos democratas, votou a favor de uma formalização das investigações, dando início a uma nova etapa pública do processo, que terá início com as audiências abertas a partir do dia 13. 

Trump, que em várias ocasiões pediu para que fosse revelada a identidade do denunciante, tentou desqualificar a investigação parlamentar se referindo a ela como uma "caça às bruxas" e disse que sua conversa com o presidente ucraniano foi "perfeita". / Com informações da AFP 

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