TEERÃ - A Guarda Revolucionária do Irã, órgão de elite das forças militares do país, decretou no domingo, 7, o fim dos protestos no Irã, que duraram uma semana e deixaram 22 mortos e mais de mil presos.
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Em comunicado, a Guarda disse que as tensões fomentadas por inimigos estrangeiros provocaram os distúrbios. Agora, autoridades de segurança e do Parlamento discutem à resposta às reivindicações dos manifestantes, insatisfeitos corrupção, desemprego e a crescente disparidade entre ricos e pobres.
Os protestos se espalharam para mais de 80 cidades e municípios rurais, com milhares de jovens e trabalhadores iranianos. Moradores em diversas cidades disseram que os protestos tinham diminuído após o governo intensificar a repressão ao enviar os guardas revolucionários a diversas províncias.
“Os revolucionários do Irã, junto com dezenas de milhares de forças Basij, polícia e Ministério da Inteligência, quebraram a corrente (de tensões)”, disse a Guarda Revolucionária, que atribuiu as tensões aos Estados Unidos, Reino Unido, Israel, Arábia Saudita e monarquistas.
No sábado, vídeos nas redes sociais mostraram uma forte presença da polícia em cidades, incluindo Khorramabad, no sudoeste do Irã, onde os últimos protestos foram registrados. / REUTERS