TEERÃ - As Forças Armadas do Irã seguirão desenvolvendo e melhorando "de forma ininterrupta" suas capacidades defensivas "para fazer lidar com o regime corrupto dos EUA", informou o porta-voz, Masud Yazayeri, em declarações divulgadas neste sábado, 14, pela imprensa local.
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Em resposta ao discurso do presidente americano, Donald Trump, que ameaçou na sexta-feira abandonar o acordo nuclear iraniano, Yazayeri afirmou que forças iranianas estão "mais decididas e motivadas do que antes" e seguirão apoiando os oprimidos em todo o mundo, não apenas no Oriente Médio.
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"Não negaremos nossa defesa aos oprimidos em cada ponto da geografia mundial, inclusive nos EUA, (...) especialmente aos oprimidos da região da Ásia ocidental”, disse o porta-voz. Ele acrescentou que as ações das forças iranianas terão "efeitos externos", e o governo de Trump "observará no seu devido tempo".
O Irã e as seis grandes potências mundiais assinaram em 2015 o acordo nuclear que limita as atividades nucleares iranianas em troca do levantamento parcial das sanções internacionais contra a República Islâmica.
Após a assinatura do pacto, o Congresso americano aprovou uma lei - conhecida pelas suas siglas em inglês Inara -, exigindo ao presidente certificar a cada 90 dias se o acordo favorece o "interesse nacional" dos EUA.
No discurso de sexta-feira, Trump ameaçou abandonar o pacto se seus "defeitos" não forem corrigidos mediante uma negociação internacional ou uma lei do Congresso americano, e elevou as tensões ao sancionar a Guarda Revolucionária Islâmica do Irã.
"O corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã, hoje mais querido e poderoso que nunca, irá perturbar um após o outro os sujos sonhos dos líderes americanos", afirmou Yazayeri.
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As autoridades do Irã asseguraram que o acordo nuclear, obtido após mais de uma década de negociações, não é renegociável e será respeitado enquanto houver reciprocidade por parte dos outros signatários, o grupo formado por EUA, França, Reino Unido, China, Rússia e Alemanha. / EFE