Segundo a Fifa, antes da Copa em 2013, jogadores brasileiros foram vendidos no exterior, gerando uma renda total de US$ 698 milhões para os clubes em todo o mundo que negociaram atletas nacionais. Em 2014, o valor desabou para US$ 467 milhões e, graças às compras de clubes chineses, subiu para US$ 566 milhões em 2015. O valor do ano passado, porém, está bem abaixo do pico atingido antes do Mundial.
As exportações de jogadores nacionais que deixaram o Brasil também registraram uma queda na renda. Em 2014, 629 atletas foram vendidos para o exterior, gerando uma renda para os clubes nacionais de US$ 203 milhões. Em 2015, o número de jogadores aumentou para 692. Mas, ainda assim, o valor obtido foi de apenas US$ 164 milhões.
Para a Fifa, o que explica em grande parte a queda foi o impacto do 7 x 1. "As repercussões daquele jogo ainda ressoam depois da Copa e o mercado de transferências internacionais é onde ele é mais visível", disse a entidade, em seu levantamento.
As vendas de jogadores brasileiros continuaram. Mas são os preços que caíram de forma significativa. A Fifa admite que parte da queda está ligada com a desvalorização do real diante do dólar, numa taxa de 45%. Mas, ainda assim, não explica completamente a redução.
Domesticamente, a queda nas vendas de jogadores também afetou as finanças dos clubes. Em 2015, os times gastaram US$ 203 milhões em reforços. Em 2014, o valor havia sido de US$ 339 milhões.
A compra de jogadores estrangeiros ou de brasileiros no exterior despencou. Em 2014, foram US$ 88 milhões gastos nesses contratos. Em 2015, esse valor caiu para apenas US$ 14 milhões.