Líderes de extrema direita e populistas forjam aliança no Parlamento Europeu

Grupo inclui Marine Le Pen, da França, Viktor Orbán, da Hungria, e Matteo Salvini, da Itália, entre outros

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Por Redação
Atualização:

PARIS - A líder francesa de extrema direita Marine Le Pen e uma dúzia de aliados na Europa, incluindo o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, divulgaram uma "declaração comum" nesta sexta-feira, 2, para tentar construir uma aliança no Parlamento Europeu.

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“O acordo deste dia é a primeira pedra para a constituição de uma grande aliança” diz a carta, publicada pelo partido Grupo Nacional (RN, na sigla em francês), de Marine Le Pen.

Entre os signatários estão o chefe da Liga italiana Matteo Salvini, o chefe do partido Polonês Lei e Justiça Jaroslaw Kaczynski, o patrono da Vox na Espanha Santiago Abascal ea chefe da Fratelli d'Italia (neo-fascista) Giorgia Meloni.

Estes partidos não pertencem aos mesmos grupos no Parlamento Europeu. O RN e a Liga pertencem ao grupo Identidade e Democracia (ID), enquanto Lei e Justiça, Vox e Fratelli d'Italia pertencem ao grupo Conservadores e Reformistas (CRE).

FILE PHOTO: Marine Le Pen, member of parliament and leader of French far-right National Rally (Rassemblement National) party, delivers a speech during a debate on migration at the National Assembly in Paris, France, October 7, 2019. REUTERS/Benoit Tessier/File Photo Foto:

O Fidesz, de Orbán, deixou o grupo do Partido Popular Europeu em março e está em busca de uma nova referência no parlamento.

Esta declaração “é uma etapa suplementar para a construção de uma aliança sólida, ampliada e alternativa à esquerda antiliberal dos impostos, da imigração selvagem”, declarou Matteo Salvini.

Segundo Le Pen, em nota anexa ao documento, a carta estabelece "as bases de uma obra cultural e política comum, que respeite o papel dos grupos políticos atuais."

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Le Pen concorrerá nas eleições presidenciais francesas de 2022, competindo diretamente com o presidente Emmanuel Macron, de acordo com algumas pesquisas.

Segundo os signatários da declaração comum, a União Europeia insiste numa “via federalista” e, por isso, é imprescindível “associar-se para influenciar ainda mais os debates e reformar o bloco." /AFP