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México autoriza setor privado e Estados a comprar vacinas contra a covid-19

A publicação, assinada pelo secretário de Saúde, Jorge Alcocer, qualifica a ação como 'extraordinária em termos de saúde geral'

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Por Redação
Atualização:

MÉXICO - O Governo do México deu autorização nesta segunda-feira, 25, para que os governos estaduais e o setor privado possam comprar vacinas contra a covid-19 por conta própria, graças a um acordo publicado no Diário Oficial da Federação (DOF).

A publicação, assinada pelo secretário de Saúde, Jorge Alcocer, qualifica a ação como "extraordinária em termos de saúde geral" e permite que os governos dos entes federativos adquiram vacinas na qualidade de autoridades sanitárias, "bem como aos indivíduos e à moral dos setores social e privado".

Segundo o governo mexicano, as doses aplicadas pelos Estados ou empresas devem respeitar o calendário de prioridades para grupos populacionais projetado pelo Executivo federal Foto: Jason Cairnduff/Reuters

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Para isso, esses atores devem apresentar os contratos que firmaram com as empresas farmacêuticas credenciadas no México, informar as doses adquiridas e aplicadas e respeitar o calendário de prioridades para grupos populacionais projetado pelo Executivo federal.

Além disso, os estados e o setor privado devem supervisionar os planos de vacinação e garantir a rastreabilidade de seu processo de imunização para evitar a duplicação. O acordo, de validade jurídica imediata, veio após o balanço diário de dados sobre a covid-19. A doença deixou mais de 150 mil mortos e 1,77 milhão de infectados no México.

“O Governo do México continuará ampliando a cobertura porque temos vacinas. Mas não nos impede de modo algum que haja pessoas ou que existam governos estaduais que se empenhem nesse sentido, desde que os esforços contribuam para a mesmo visão estratégica e técnica”, considerou o chefe do México contra a pandemia, Hugo López-Gatell, apresentando os dados.

Gatell alertou que se os esforços "não fossem coordenados", haveria "desperdício de uso de vacinas porque o uso ideal não seria alcançado".

O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, que testou positivo para coronavírus neste domingo, já havia defendido a autorização de governos estaduais e indivíduos para comprar suas próprias vacinas.

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Apesar disso, associações empresariais como a Confederação das Câmaras Industriais dos Estados Unidos Mexicanos (Concamin) alertaram para a impossibilidade legal de fazê-lo.

Até esta segunda-feira, já foram aplicadas no México 642.105 doses da vacina contra a covid-19 da americana Pfizer, a única que tem sido aplicada, principalmente, a profissionais de saúde.

O México tem acordos para 34,4 milhões de doses da Pfizer, 77,4 milhões da AstraZeneca/Oxford, 35 milhões da CanSino da China e 34,4 milhões da Covax da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Além disso, nesta segunda-feira, o presidente López Obrador confirmou que o país receberá 24 milhões de doses da fórmula russa Spunik V./EFE

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