Rússia prende general por vínculos com rebelião

Sergey Surovikin pode ter tido conhecimento de que o Grupo Wagner estava planejando uma insurreição

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Por Redação
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Nesta quarta-feira, 28, o jornal russo Moscow Times noticiou, citando fontes do Ministério da Defesa da Rússia, que o general Sergey Surovikin foi detido por supostos vínculos com a rebelião dos mercenários integrantes do Grupo Wagner no fim de semana passado.

“O assunto com ele não estava bem. Para as autoridades. Não posso dizer mais nada”, disse uma das fontes citadas pelo jornal.

Segundo outra fonte, “parece que ele (Surovikin) escolheu o lado (do Grupo Wagner) e não havia mais escolha”.

O presidente russo Vladimir Putin e general Sergei Surovikin.  Foto: Alexei Druzhinin / REUTERS

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No entanto, a fonte se recusou a revelar o paradeiro do general russo, afirmando que “essa é uma informação que não é discutida aqui ou nos canais internos”.

Até o momento, nem o Ministério da Defesa russo nem qualquer outra instituição oficial se pronunciaram sobre o assunto.

O primeiro a dar o alarme sobre a suposta detenção de Surovikin foi o blogueiro militar Vladimir Romanov, que afirmou que o general russo estava preso desde domingo, o dia seguinte ao fracasso da rebelião.

De acordo com o ex-diretor da estação de rádio opositora russa, Alexei Venediktov, Surovikin “não comunica com a sua família há três dias”.

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O Kremlin descreveu nesta quarta-feira como “especulação” as notícias de que Surovikin tinha conhecimento dos planos para a revolta.

“Em torno destes acontecimentos haverá agora muita especulação e conjectura. Penso que este é um exemplo disso”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em entrevista coletiva diária.

O representante da presidência russa comentou uma publicação do jornal The New York Times que afirmava, citando fontes dos serviços secretos americanos, que Surovikin tinha conhecimento de que Prigozhin estava planejando uma insurreição.

No sábado passado, 24, quando a revolta de Prigozhin estava em curso, Surovikin publicou um vídeo pedindo aos mercenários para que acabassem com a rebelião e retornassem aos seus quartéis. /EFE

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