O presidente disse que os bombardeios feitos desde sexta-feira destruíram armas e equipamentos que os jihadistas poderiam usar para atacar Irbil, a capital curda do Iraque. Ele acrescentou que os EUA continuarão a dar assistência e consultoria militar ao governo de Bagdá e tropas curdas, mas salientou a importância de o Iraque formar seu próprio governo inclusivo.
"Temos obrigação de proteger os americanos na região", disse o presidente, completando que o consulado em Irbil será mantido. O ataque de radicais à missão dos EUA em Benghazi, na Líbia, com a morte do embaixador Christopher Stevens, em 2012, originou uma das principais crises enfrentadas por Obama em seu primeiro mandato. Na sexta-feira, ele afirmou que os EUA não se transformariam na "Força Aérea Iraquiana" e a ajuda "não significava a chegada da cavalaria".
Em entrevista publicada no jornal The New York Times no sábado, o presidente disse que os EUA podem eventualmente fazer mais para ajudar o Iraque a repelir o grupo militante. "Não vamos deixar que eles criem nenhum califado através da Síria e do Iraque. Mas só poderemos fazer isso se soubermos que temos parceiros no campo que sejam capazes de preencher o vazio."
Obama também expressou arrependimento de não fazer mais para ajudar a Líbia, pessimismo sobre as perspectivas de paz no Oriente Médio, preocupação de que a Rússia invada a Ucrânia e frustração de que a China não tenha se oferecido para ajudar.
Obama disse ainda que conversou com o primeiro-ministro do Grã-Bretanha, David Cameron, e com o presidente da França, François Hollande, e que ambos expressaram apoio às ações americanas e se juntarão a elas. / REUTERS