Uma organização não-governamental (ONG) israelense acusou o exército de Israel de "violações sem precedentes dos direitos humanos" da população civil palestina na Cisjordânia, durante as incursões militares dos últimos dias. A acusação está incluída em relatório divulgado hoje pelo centro de informação israelense para a defesa dos direitos humanos Betzelem. De acordo com o informe, entre 19 e 24 de outubro, 21 civis - entre eles cinco crianças e quatro mulheres - e 10 militares palestinos foram assassinados pelas tropas. Apenas ontem, 10 pessoas foram assassinadas durante as operações do exército no povoado de Beit Rima e em outros locais do território autônomo palestino. Segundo o centro, "o toque de recolher em bairros ocupados pelo exército impedem o acesso aos cidadãos de médico e causam a falta de alimentos em diversos lugares". Alguns hospitais, afirma o Betzelem, foram atingidos pelo fogo israelense e suas atividades foram prejudicadas pela dificuldade de se encontrar pessoal médico e medicamentos. Além disso, Israel iniciou a demolição de casas pertencentes a pessoas suspeitas de ataques contra israelenses sem nenhum procedimento legal. "Motivos de segurança não podem justificar um assalto em grande escala contra centenas de milhares de civis. É uma de castigo coletivo, o que é proibido pelos direitos internacionais". O centro afirma ainda que uma análise inicial dos acontecimentos dos últimos dias "indica que as forças armadas demonstram falta de interesse pela vida humana".