Pesquisa aponta que Le Pen segue favorita no 1º turno das eleições, mas perderia o 2º

Campanhas da líder da extrema direita e de François Fillon foram abaladas por investigações sobre acusações de uso indevido de dinheiro público

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Atualização:

PARIS - A líder da extrema direita, Marine Le Pen, continua favorita para vencer o primeiro turno da eleição presidencial francesa, mas perderia no segundo turno, que será realizado em 7 de maio, para o centrista Emmanuel Macron ou para François Fillon, de centro-direita, indicaram duas pesquisas divulgadas nesta quinta-feira, 23.

Ambas pesquisas de opinião foram conduzidas no início da semana, antes do anúncio na quarta-feira de que o veterano François Bayrou aliará a Macron, e não irá se candidatar. A ação pode impulsionar o candidato centrista, às custas de Fillon.

Marine Le Pen, líder do partido direitista Frente Nacional Foto: AP Photo/Michel Spingler

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Os resultados da pesquisas estão alinhados com outros levantamentos divulgados nas últimas semanas. Uma pesquisa da BVA mostrava Macron vencendo Le Pen por 61% a 39%, no segundo turno. Caso Fillon enfrentasse Le Pen no segundo turno, ele teria 55% dos votos contra 45%.

Uma pesquisa de opinião da Harris Interactive mostrava Le Pen liderando no primeiro turno, em 23 de abril, mas no segundo turno Macron teria 60%, contra 40% de Le Pen. Fillon teria 57% caso concorresse com Le Pen, que teria 43%, segundo a pesquisa.

As campanhas de Le Pen, líder da Frente Nacional, anti-euro e anti-imigração, e de Fillon, ex-primeiro-ministro, foram abaladas por investigações sobre acusações de uso indevido de dinheiro público. Ambos negam quaisquer atos irregulares.

Fillon, de 62 anos, antes líder nas pesquisas, agora se envolve em um escândalo por salários pagos a sua mulher e filhos com fundos públicos por trabalhos que nunca realizaram. Ele garante que eles realizaram os trabalhos pelos quais foram pagos.

Le Pen enfrenta acusações de ter pago seu chefe de gabinete e guarda-costas ilicitamente com fundos do Parlamento Europeu e é pressionada pela Assembleia para devolver os recursos.

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Macron, um ex-banqueiro de 39 anos que nunca foi eleito para cargo público, pode se beneficiar de sua imagem mais limpa, assim como do apoio de Bayrou. / REUTERS

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