ROMA - O governo italiano autorizou na noite desta segunda-feira, 19, o desembarque de mais 8 imigrantes a bordo do navio Open Arms, da ONG espanhola Proactiva, para receberem tratamento médico. Ainda permanecem na embarcação que está à deriva há 18 dias no Mediterrâneo 99 pessoas.
Mais cedo, a Espanha reiterou sua oferta de permitir que os imigrantes à deriva desembarquem em um porto espanhol, mas criticou a Itália por impedi-los de atracar na ilha italiana de Lampedusa.
O Open Arms havia informado que os governos dos dois países europeus pareciam ter firmado um acordo para o desembarque dos imigrantes na ilha espanhola de Maiorca, mas as autoridades da Espanha negaram.
Os imigrantes estão no meio de um cabo de guerra entre a abordagem rígida do ministro do Interior italiano de extrema direita, Matteo Salvini, e a relutância inicial da União Europeia para encontrar uma solução.
O governo espanhol disse que não recebeu uma resposta clara do Open Arms sobre como deseja proceder.
A vice-premiê da Espanha, Carmen Calvo, disse à rádio Cadena Star que o governo “passou todo o fim de semana conversando com o governo italiano, pedindo a eles que respondessem”.
O Open Arms alegou que qualquer rota mais distante era “incompreensível”, dada a deterioração do navio e sua proximidade da ilha de Lampedusa. Desembarcar em Maiorca prolongaria por três dias uma situação já dramática.
Em uma rede social, Salvini comentou que “não desistiria” de sua decisão quanto ao fechamento dos portos italianos.
No sábado, as autoridades italianas ordenaram o desembarque 28 menores desacompanhados que estavam a bordo do navio. A decisão foi tomada a partir de um pedido do primeiro-ministro, Giuseppe Conte, e contra a vontade de Salvini. / ANSA e REUTERS
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