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Por emergência médica, Itália autoriza desembarque de 8 imigrantes do navio Open Arms

Imigrantes estão no meio de um cabo de guerra entre a abordagem rígida do ministro do Interior italiano e a relutância inicial da União Europeia para encontrar uma solução

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Por Redação
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ROMA - O governo italiano autorizou na noite desta segunda-feira, 19, o desembarque de mais 8 imigrantes a bordo do navio Open Arms, da ONG espanhola Proactiva, para receberem tratamento médico. Ainda permanecem na embarcação que está à deriva há 18 dias no Mediterrâneo 99 pessoas.

Mais cedo, a Espanha reiterou sua oferta de permitir que os imigrantes à deriva desembarquem em um porto espanhol, mas criticou a Itália por impedi-los de atracar na ilha italiana de Lampedusa.

Imigrante é retirado do Open Arms Foto: Francisco Gentico/Open Arms/Handout via Reuters

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O Open Arms havia informado que os governos dos dois países europeus pareciam ter firmado um acordo para o desembarque dos imigrantes na ilha espanhola de Maiorca, mas as autoridades da Espanha negaram.

Os imigrantes estão no meio de um cabo de guerra entre a abordagem rígida do ministro do Interior italiano de extrema direita, Matteo Salvini, e a relutância inicial da União Europeia para encontrar uma solução.

O governo espanhol disse que não recebeu uma resposta clara do Open Arms sobre como deseja proceder.

A vice-premiê da Espanha, Carmen Calvo, disse à rádio Cadena Star que o governo “passou todo o fim de semana conversando com o governo italiano, pedindo a eles que respondessem”.

O Open Arms alegou que qualquer rota mais distante era “incompreensível”, dada a deterioração do navio e sua proximidade da ilha de Lampedusa. Desembarcar em Maiorca prolongaria por três dias uma situação já dramática.

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Em uma rede social, Salvini comentou que “não desistiria” de sua decisão quanto ao fechamento dos portos italianos.

No sábado, as autoridades italianas ordenaram o desembarque 28 menores desacompanhados que estavam a bordo do navio. A decisão foi tomada a partir de um pedido do primeiro-ministro, Giuseppe Conte, e contra a vontade de Salvini. / ANSA e REUTERS

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