A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, considerada uma das líderes mais eficientes na resposta à pandemia de covid-19, recebeu uma série de críticas após tirar uma selfie com um grupo de apoiadores, desrespeitando o distanciamento físico durante um evento de campanha.
Nas redes sociais, Jacinda foi chamada de "egoísta" por alguns de seus principais opositores, como David Seymour e Judith Collins. Favorita nas eleições gerais marcadas para 17 de outubro, a premiê reconheceu o erro. "Eu deveria ter dado um passo a frente, deveria ter pedido a eles que se afastassem uns dos outros, e reconheço isso", disse.
"As empresas do setor de serviços e entretenimento não podem ganhar dinheiro no nível 2 [uma das classificações de reabertura] por causa das regras de funcionário único e do distanciamento social. Enquanto isso, a responsável pelas regras é egoísta e não respeita o distanciamento social", escreveu Seymour.
Até esta segunda, a Nova Zelândia registrou 1.815 casos e 25 mortes por coronavírus, de acordo com dados da Universidade americana Johns Hopkins.
Nesta segunda-feira, 21, Jacinda anunciou a suspensão das restrições impostas para conter a propagação do coronavírus em quase todo o país. A única exceção é a cidade de Auckland, onde ainda serão proibidas reuniões com mais de 100 pessoas. De acordo com a premiê, a maior cidade do país precisa de mais tempo antes da suspensão total.
"Nossas ações coletivas conseguiram colocar o vírus sob controle", disse Jacinda durante uma entrevista coletiva. "Este foi o centro do surto e é por isso que esse cuidado é necessário aqui"./ REUTERS